Combustíveis

Caminhoneiros compram possível crise de desabastecimento de diesel pela Petrobras (PETR4)

27 maio 2022, 12:19 - atualizado em 27 maio 2022, 12:19
Diesel
Risco de falta de diesel é comprado pelos caminhoneiros que pressionam a Petrobras (PETR4) nesta sexta-feira (27). Ações da estatal despencam; acompanhe. (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

As lideranças de movimentos de caminhoneiros estão comprando a notícia de que o Brasil pode enfrentar mais uma crise de desabastecimento de diesel. A própria Petrobras (PETR4) já teria reconhecido a sua situação.

“Estou muito preocupado que realmente vai faltar diesel e que vão subir os preços dos combustíveis novamente”, afirma Wallace Landim, o Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) ao Money Times nesta sexta-feira (27).

A estatal teria reconhecido a possibilidade de faltar diesel nos postos de combustíveis chegando a enviar ofício ao presidente Jair Bolsonaro alertando sobre a situação, conforme coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo.

Por volta do meio-dia, as ações preferenciais (PETR4) despencavam 3,3%, negociadas a R$ 31,07 cada. Os papéis ordinários (PETR3) perdiam 2,84%, cotados a R$ 34,21 cada.

No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) subia 0,22% com 112.132,23 pontos.

O Money Times procurou pela manhã a Petrobras para confirmar a real situação do nível abastecimento de diesel no país e se a estatal chegou a acionar o Planalto, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta.

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Troca no comando da Petrobras

Desde que Bolsonaro surpreendeu o mercado no início da semana anunciando mais uma troca no comando da Petrobras, os movimentos de caminhoneiros se mostravam mais preocupados com a política de preços de combustíveis da estatal.

Landim reforçou que a categoria de os caminhoneiros autônomos, motoristas de aplicativos e motoboys pede mais transparência em relação ao estoque de diesel no mercado interno.

O Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias mundiais. Em torno de 60% do transporte no país é feito por rodovias, segundo o Banco Mundial.

O diesel é o principal combustível utilizado pelos caminhoneiros nos serviços de frete no país afora. A política de preços da Petrobras é assunto deliciado e já foi palco para a greve nacional de caminhoneiros em 2018.

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