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Camil perde mais de 2% após registrar lucro de R$ 49,8 milhões no trimestre

12 jul 2019, 14:08 - atualizado em 12 jul 2019, 14:08
No período, a receita líquida totalizou R$ 1,237 bilhão, uma elevação de 23,2% na comparação anual, que teve resultado de R$ 1,004 bilhão

Por Investing.com

A Camil Alimentos (CAML3) divulgou na noite de quinta-feira que encerrou o primeiro trimestre do ano-safra registrando lucro líquido de R$ 49,8 milhões, o que representa um salto de 52,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em relação ao último trimestre, houve queda de 50,3%, quando foi registrado resultado de R$ 100,3 milhões. Com isso, as ações da companhia operam em queda de 2,12% a R$ 7,38.

No período, a receita líquida totalizou R$ 1,237 bilhão, uma elevação de 23,2% na comparação anual, que teve resultado de R$ 1,004 bilhão. Já nos três meses imediatamente anteriores, a redução foi de 7,1%, de um total de R$ 1,332 bilhão.

Com isso, o Ebitda foi de R$ 83,0 milhões nos três primeiros meses do ano-safra, ficando 1,2% acima do que havia sido registrado um ano antes, de R$ 82,0 milhões. Desta forma, na base anual, a margem Ebitda caiu de 8,2% para 6,7%.

Segundo a Camil, o destaque do período ficou para a recuperação e o crescimento do volume de vendas de grãos, açúcar e pescados no Brasil de +37,4%, +11,4% e +40,6% frente ao ano anterior, respectivamente.

A companhia destaca que no trimestre teve uma variação de preços nas categorias de arroz e açúcar no Brasil, que não refletiram a variação do custo de aquisição da matéria-prima no período, influenciado pelo aumento da competição no mercado e dificuldade de repasse do aumento de custos aos preços. Desta forma, o resultado esperado pela companhia no Brasil neste trimestre foi afetado, o que pressionou margens e rentabilidade.

Apesar dos números, a Mirae Asset segue recomendando a compra para a CAML3, uma vez que com a expectativa de melhora na economia ao longo dos próximos 12 meses, espera a recuperação de margens, sendo uma opção para médio / longo prazo. O preço considerado justo é de R$ 11,00, o que representa um upside de 45,9%.

Visão semelhante tem a equipe do Itaú BBA, chamando a atenção para o Ebitda ficando 8% abaixo do que era esperado. O resultado decepcionante é atribuído ao nos preços das matérias-primas, que ficaram abaixo dos aumentos de custos de insumos,.

Apesar disso, os analistas destacam que a companhia ganhou participação no mercado no período.