Câmbio: O que fazer com moedas que ficaram antigas ou sobraram de viagens?
Em uma viagem, é comum o turista levar mais dinheiro do que o planejado para evitar enfrentar problemas no meio do passeio. No entanto, há também a possibilidade de sobra, e nesse caso, é preciso analisar o que será feito com essas moedas.
Se você viajou e têm dólares, libras ou outras moedas estrangeiras guardadas, há a possibilidade de vendê-las às casas de câmbio ou aos amigos que forem viajar. Aproveitar promoções em free shops ou guardar o saldo em um cartão pré-pago internacional também são alternativas aos que desejam se desfazer do dinheiro parado.
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O que fazer com moedas que sobraram ou que saíram de circulação?
Viajantes que não usaram todo o saldo em espécie e tiveram que trazer consigo ao retornarem para o Brasil têm algumas opções. Confira como funciona cada uma delas:
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Aproveitar as promoções do Free Shop
Em aeroportos internacionais há os chamados free shops, que são lojas nas áreas de embarque e desembarque, com produtos com valores mais baixos devido à isenção ou redução dos impostos. Geralmente a loja é composta por produtos como: eletrônicos, chocolates de todo o mundo, perfumes, acessórios e bebidas, por exemplo.
Essa alternativa é para aqueles que não desejam vender as moedas estrangeiras, mas querem usar esse valor de alguma forma. O benefício dessa alternativa é a praticidade e segurança.
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Guardar o saldo em um cartão pré-pago internacional
Ainda em situações de ter sobrado dinheiro em espécie, há a possibilidade de comprar saldo em um cartão pré-pago internacional.
Nesse caso, é necessário se atentar à cobrança de taxa de inatividade. O cartão Visa Travel Money (VTM), um dos mais comercializado no Brasil, por exemplo, cobra uma alíquota de 1,10% – no qual o subsidio é de 5,38% atualmente – sobre o valor a ser carregado no cartão, assim como em recargas e recompra de saldo.
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Realizar uma remessa internacional para sua conta estrangeira
Caso você tenha uma conta no exterior, essa alternativa pode oferecer vantagens no caso de haver dinheiro estrangeiro parado, além de ter a possibilidade de enviar uma remessa internacional para algum parente ou amigo.
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Vender as moedas em casas de câmbio
Outra alternativa é a de venda e troca de modas estrangeiras às casas de câmbio. Geralmente, a corretora adiciona sua própria margem em cima da cotação do câmbio comercial e repassa para o cliente. Dessa forma, além da taxa da instituição, também será adicionado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O sistema de compra e venda de moedas estrangeiras funciona como uma compra normal em um supermercado atacadista, quanto maior a quantidade, menor o valor.
No entanto, essas operações devem ser realizadas por instituições devidamente credenciadas pelo Banco Central. Além disso, as casas de câmbio não costuram receber valores muito baixos, como poucos centavos.
O que as casas de câmbio fazem com moedas antigas?
No caso de moedas estrangeiras antigas, aí a resposta é: depende. Algumas casas de câmbio não aceitam; outras já são mais flexíveis. A Cotação Rendimento/câmbio, por exemplo, permanece comprando cédulas antigas de dólar, além de notas de 20 e 50 da libra esterlina que saíram de circulação.
Segundo Gustavo Isidoro Gonçalves, gerente da Cotação Rendimento/câmbio, no caso do dólar, mesmo as notas que já saíram de circulação podem ser trocadas em um banco nos Estados Unidos.
A tratativa de moedas antigas em instituições de câmbio é a seguinte:
- A instituição compra a moeda estrangeira na cotação;
- Revende ao banco, que no caso da Cotação Rendimento/câmbio, vende ao Banco Rendimento;
- E o banco exporta elas ao banco de origem do país da moeda.
Esse processo é recomendado para que a moeda parada não perca valor, já que guardá-la por muito tempo faz com que fique cada vez mais difícil a revenda.
Já é possível trocar as moedas com a cara da rainha pelas do Rei?
A expectativa é de que a impressão das novas notas com a face do Rei Charlie III comece a partir de 2024. Dessa forma, ainda são aceitas e impressas as notas com a face da falecida Rainha Elizabeth, com exceção de notas impressas em papel-moeda.
A Cotação Rendimento/câmbio ainda compra essas notas em papel-moeda, devido ao contato com diversos bancos, ainda aceitarem essa exportação.
“Nós compramos na cotação essas notas, vendemos para o Banco Rendimento e a instituição as exporta diretamente para o banco de origem do país”, afirma Gonçalves.