Câmbio flutuante e commodities pressionam ações da Cosan
As ações da Cosan (CSAN3) podem permanecer em um patamar de estagnação diante do hiato operacional de algumas de suas controladas e a indefinição da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Compass, segundo a avaliação da Ativa.
“Sobre as empresas do grupo Cosan, gostamos especialmente do momento da Raizen Energia e da Moove, favorecidas pela ciclo positivo do açúcar e pela retomadado ciclo de pessoas, respectivamente”, destaca o analista Ilan Arbetman sobre o que pesa à favor da Cosan.
Preços atrativos em açúcar e melhora do preço internacional do petróleo, favorecendo a penetração do etanol, podem ajudar a Raízen, joint-venture com a Shell, a monetizar sua operação.
Já a Compass, que atua no setor de gás, aguarda definição de seu futuro, com perspectivas promissoras, mas ainda à reboque de seu possível IPO.
Na Moove, a melhora na assertividade do posicionamento em produção, vendas e distribuição na cadeia de valor de lubrificantes é o principal trunfo para majoração de receitas, segundo analista.
O que pode tirar o sono da Cosan?
A ciclicidade da operação de distribuição de combustíveis é um dos principais fatores de risco para a empresa.
“No caso de Cosan, a exposição a Argentina é mais um fator a ser considerado. A expansão à cadeia de refino pode aumentar a alavancagem da companhia”, adverte o analista da Ativa.
O câmbio é uma variável importante na matriz de riscos da empresa, sendo a desvalorização do real risco relevante a ser considerado. A empresa também é amplamente dependente de preços de commodities negociados em mercados futuros, cujo risco está na queda dos preços.
Vale lembrar que a Cosan está no páreo pela aquisição de uma das refinarias da Petrobras (PETR3; PETR4) que está à venda.
Ticker | Recomendação | Preço-alvo (R$) | Valorização (%) |
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CSAN3 | Neutra | 79,85 | 5 |