Câmara de gestão energética Creg tem 1ª reunião e define regras de atuação
A Creg, câmara criada pelo governo federal para buscar medidas de garantia do suprimento de energia do Brasil, em meio a uma grave crise hídrica nos reservatórios das hidrelétricas, estabeleceu nesta quinta-feira suas regras de funcionamento, informou em nota o Ministério de Minas e Energia.
Sem dar detalhes, a pasta explicou que uma ata seria ainda publicada com as definições tratadas pela chamada Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética em sua primeira reunião, realizada nesta quinta-feira, após ter sido criada por medida provisória nesta semana.
Além de aprovar regras de funcionamento, a reunião também buscou nivelar o conhecimento de todos os participantes sobre as condições de fornecimento de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e as medidas mitigadoras em andamento.
“O objetivo é a efetiva adoção de medidas excepcionais para preservar a segurança e continuidade do fornecimento de energia elétrica e o uso da água”, disse o ministério.
“Tais medidas são fundamentais para o enfrentamento do atual cenário de escassez hídrica no país. O estabelecimento, por meio da Creg, observará a adequada compatibilização entre as políticas energética, de recursos hídricos e ambiental.”
O ministério pontuou que foi destacado durante a reunião que em 2022 serão adicionados cerca de 10 GW ao sistema elétrico brasileiro.
Adicionalmente, o sistema também receberá o incremento de, aproximadamente, 7,5 mil km de linhas de transmissão e 28 mil MVA de capacidade de transformação, com destaque para as instalações que ampliam os limites de intercâmbio entre os subsistemas, especialmente entre as regiões Nordeste e Sudeste.
O primeiro encontro contou com a participação dos ministros Bento Albuquerque, de Minas e Energia; Joaquim Leite, do Meio Ambiente; Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional; além de representantes da Casa Civil da Presidência da República e dos Ministérios da Economia e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Também participaram da reunião dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).