Câmara baixa do Japão aprova acordo comercial com EUA; poupança pode chegar a US$ 1,9 tri
A câmara baixa do Parlamento do Japão aprovou nesta terça-feira um acordo comercial limitado que o primeiro-ministro Shinzo Abe definiu com os Estados Unidos, abrindo caminho para cortes de tarifas no próximo ano sobre itens como produtos agrícolas norte-americanos e partes de máquinas japonesas.
Mas há incerteza sobre quanto progresso o Japão pode fazer na negociação da eliminação das tarifas norte-americanas sobre carros e peças de automóveis japoneses, levantando dúvidas sobre as garantias de Abe de que o acordo que ele assinou com o presidente dos EUA, Donald Trump, foi bom para os dois lados.
No mês passado, o Japão e os Estados Unidos assinaram formalmente um acordo comercial limitado para cortar tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, partes de máquinas japonesas e outros produtos, evitando a ameaça de taxas mais altas sobre automóveis por parte dos EUA.
A proposta do governo de ratificar o acordo comercial será levada à câmara alta do Parlamento para votação, mas sua aprovação na poderosa câmara baixa aumenta as chances de entrada em vigor em janeiro.
O acordo dará a Trump um sucesso do que ele pode se gabar aos eleitores, mas Abe disse que o pacto trará tantos benefícios ao Japão quanto aos Estados Unidos.
O Japão estimou que o acordo inicial aumentará sua economia em cerca de 0,8% nos próximos 10 a 20 anos, quando os benefícios entrarão em vigor. Também estimou uma redução em 212,8 bilhões de ienes (US$ 1,9 trilhão) das tarifas gerais sobre as exportações do Japão para os Estados Unidos.