Internacional

Veja os 5 principais eventos da economia internacional desta semana

08 dez 2019, 16:55 - atualizado em 08 dez 2019, 20:26
Federal Reserve
Espera-se que o Fed se mantenha estável na conclusão de sua reunião na quarta-feira (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

Por Investing.com 

O Federal Reserve e o Banco Central Europeu devem realizar suas últimas reuniões de política monetária do ano nesta semana, com investidores focados no prazo de 15 de dezembro para novas tarifas americanas sobre produtos chineses.

Investidores também estarão ansiosos com os resultados das eleições gerais do Reino Unido, que decidirão o destino do Brexit. Aqui está o que você precisa saber para começar sua semana.

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1 – Decisão do Fed

Espera-se que o Fed se mantenha estável na conclusão de sua reunião na quarta-feira, depois de cortar as taxas três vezes este ano para proteger a economia dos EUA de uma desaceleração global.

O relatório de empregos nos EUA muito mais forte do que o esperado na sexta-feira reforçou as expectativas de que os formuladores de políticas permanecerão em stand-by enquanto monitoram a economia.

Os investidores receberão os números mais recentes da inflação de preços ao consumidor antes da reunião do Fed (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Após o último corte nas taxas, em outubro, o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que a economia e as políticas estavam num “bom momento” e indicou que os formuladores de políticas viram pouca necessidade de reduzir ainda mais as taxas.

“Acho que eles estão se sentindo muito bem agora que decidiram colocar isso em pausa”, disse Tom Porcelli, economista-chefe dos EUA na RBC Capital Markets, em Nova York.

Os investidores receberão os números mais recentes da inflação de preços ao consumidor antes da reunião do Fed, que deve apresentar inflação de 2%, enquanto os números de vendas no varejo na sexta-feira deverão apresentar crescimento de 0,4%.

2 – Decisão do BCE

Christine Lagarde realizará sua primeira reunião e entrevista coletiva como presidente do BCE na quinta-feira. Os mercados não esperam mudanças na política monetária após o BCE anunciar novos estímulos em setembro e após sinais recentes de que a economia da zona do euro está atingindo seu nível mínimo.

Christine Lagarde realizará sua primeira reunião e entrevista coletiva como presidente do BCE  (Imagem: Samsul Said/Bloomberg)

No entanto, todas as palavras de Lagarde serão estudadas por seus pensamentos sobre as perspectivas da política monetária, a economia e uma futura revisão da estratégia.

E depois de oito anos de Mario Draghi, de fala franca, esperamos que o estilo de comunicação da nova chefe do BCE também seja analisado.

3 – Disputas comerciais

Pequim e Washington estão tentando chegar a um acordo sobre um acordo comercial da “primeira fase” que esfriaria uma guerra comercial de 17 meses que abalou os mercados financeiros e influenciou negativamente o crescimento econômico global, mas eles continuam discutindo sobre os principais detalhes.

Falta apenas uma semana para o prazo de 15 de dezembro para os EUA imporem tarifas sobre os US$ 156 bilhões restantes em importações chinesas e os mercados financeiros foram afetados por mudanças na retórica.

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na quinta-feira, num tom “otimista”, que as negociações comerciais com a China estão “avançando”, mesmo quando as autoridades chinesas reiteraram que as tarifas existentes devem cair como parte de um acordo provisório.

No início da semana, porém, Trump abalou os mercados globais quando anunciou que um acordo poderia ter que esperar até depois das eleições presidenciais de 2020.

Na última quinta-feira, num tom “otimista”, Donald trump disse que as negociações comerciais com a China estão “avançando” (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

Dados de domingo mostraram que as exportações da China caíram pelo quarto mês consecutivo em novembro, mas o crescimento das importações pode ser um sinal de que as medidas de estímulo de Pequim estão ajudando a alimentar a demanda.

4 – Eleição no Reino Unido

Mais de três anos depois que o Reino Unido votou para deixar a União Europeia, as eleições gerais de 12 de dezembro oferecerão a eles outra votação sobre como eles querem que o Brexit prossiga e se eles ainda acham que deve seguir em frente.

Pesquisas de opinião mostram que o Partido Conservador com uma grande vantagem alimentou a recuperação da libra britânica, em meio à visão de que os conservadores implementarão rapidamente o Brexit e acabarão com a incerteza que pesa sobre a economia desde 2016.

Três anos depois que o Reino Unido votou para deixar a União Europeia, as eleições gerais de 12 de dezembro oferecerão a eles outra votação sobre como eles querem que o Brexit prossiga (Imagem: REUTERS/Tom Nicholson)

Mas alguns riscos permanecem. Primeiro, a diferença entre conservadores e trabalhistas não precisa diminuir muito para entregar outro parlamento dividido. Segundo, se uma vitória conservadora tiver um preço, os negociantes podem ficar tentados a obter lucros, pressionando a libra esterlina para baixo.

Após a eleição, o foco mudará para a janela de 11 meses para a Grã-Bretanha assinar acordos comerciais com a UE, uma perspectiva que provavelmente manterá os investidores no limite.

5 – Volatilidade do mercado

As ações recuaram dos recordes do começo de dezembro, prejudicadas pelas declarações de Trump, sugerindo que um acordo comercial com a China poderia ter que esperar até depois das eleições de 2020. Mas o mercado se recuperou no final da semana com os dados fortes de empregos nos EUA na sexta-feira e uma mudança de tom em relação a Trump.

Wall Street pode ter mais volatilidade antes do prazo tarifário de 15 de dezembro. No início da semana, os investidores disseram que os preços das ações estavam considerando que essas tarifas seriam adiadas se não canceladas, mas as duras conversas subsequentes das autoridades de Trump abalaram um pouco essas expectativas.

“Até chegarmos a uma conclusão definitiva sobre isso, o dia-a-dia será publicado nas manchetes que sugerem progresso ou falta dele”, disse Keith Lerner, estrategista-chefe de mercado da SunTrust Advisory Services em Atlanta.