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Caixas eletrônicos de cripto estão sendo muito usados na lavagem de dinheiro, afirma DEA

03 mar 2021, 16:25 - atualizado em 03 mar 2021, 16:25
Digital Mint é um exemplo de empresa que fornece caixas eletrônicos nos EUA; DEA afirma que esse tipo de tecnologia está sendo muito usada na lavagem de dinheiro do país (Imagem: Twitter/Digital Mint)

Traficantes de drogas recorreram cada vez mais a transações e à tecnologia cripto em 2020 — em parte, devido à pandemia da COVID-19, segundo um novo relatório da Seção de Inteligência Estratégica da Administração de Fiscalização de Drogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês).

Segundo o estudo da agência, no documento de “Avaliação Nacional de Ameaças das Drogas de 2020”, publicado nessa terça-feira (2), a pandemia interrompeu envios internacionais, principalmente entre os EUA e o México, resultando em grandes quantias de dinheiro presas nos EUA, que ainda precisavam ser enviadas a vendedores internacionais de narcóticos.

Caixas eletrônicos de cripto ofereceram uma maneira de o dinheiro ser movimentado entre fronteiras, sem que transportadores tivessem de transportá-lo, segundo o relatório.

O documento da DEA não fornece estatísticas nem números sobre crimes relacionados a cripto no último ano, mas afirma:

Gradualmente, operações de lavagem de dinheiro estão usando caixas eletrônicos de moedas virtuais para facilitar a movimentação de grandes porções de dinheiro ilícito.

Traficantes de drogas e lavadores de dinheiro estão incorporando criptomoedas cada vez mais na atividade de TBML [lavagem de dinheiro baseada em operações de negociação] conforme o uso dessas moedas se torna mais amplamente aceito. 

O relatório da DEA revelou exemplos em que grandes contratos em moedas foram processados por meio do uso de moedas virtuais em vez de dinheiro físico, em que esse dinheiro foi subsequentemente integrado ao ciclo TBML.

Embora caixas eletrônicos de cripto enfrentem as mesmas regulamentações antilavagem de dinheiro como qualquer outra empresa de serviços financeiros, o relatório da DEA descobriu que “donos inescrupulosos” podem permitir que traficantes de drogas depositem altas quantias de dinheiro nessas máquinas e escondam a origem dos fundos:

Essas combinações de moedas virtuais com formas já existentes de lavagem de dinheiro sugerem uma vontade crescente de agentes ilícitos em utilizar essa tecnologia complexa para impulsionar ainda mais suas ações de lavagem de dinheiro.

Confira o relatório “Avaliação Nacional de Ameaças das Drogas de 2020”: