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Caixa Seguridade: “susto” com sinistralidade vai passar; para analistas, ação pode entregar muito ainda

14 ago 2021, 11:15 - atualizado em 14 ago 2021, 10:46
Caixa Econômica Federal
O atual nível de sinistralidade da Caixa Seguridade é transitório e deve seguir no caminho de normalização nos próximos trimestres, disse o BB Investimentos (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A equipe de análise do BB Investimentos reiterou a compra da ação da Caixa Seguridade (CXSE3), apesar dos resultados ligeiramente negativos, manchados pelo volume de sinistros, divulgados pela companhia na última quinta-feira.

A companhia reportou lucro líquido recorrente de R$ 426,6 milhões no segundo trimestre do ano. O crescimento no resultado se deve principalmente ao aumento das receitas de corretagem, que avançaram 36,4% no comparativo anual, totalizando R$ 214,3 milhões. As receitas operacionais aumentaram 16,5%, acumulando R$ 541,5 milhões.

A Caixa Seguridade registrou o melhor segundo trimestre de sua história no que se refere ao desempenho comercial, com o incremento de venda nos principais segmentos de produtos. A emissão de prêmios de seguros somou R$ 2 bilhões, avanço de 23,9% ano a ano.

Em Previdência, a companhia chegou à marca histórica de R$ 100 bilhões em reserva, com contribuições que acumularam R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre, salto de 177,6% no comparativo anual.

O que chamou a atenção dos analistas, no entanto, foi o nível de sinistralidade nos ramos Habitacional e Vida, somado ao aumento das despesas administrativas. Isso surpreendeu negativamente o BB Investimentos.

“Os ramos que mais observaram aumento nos volume de sinistros foram o Habitacional (+R$ 47,9 milhões) e Vida (+R$ 37,1 milhões), sendo o índice de sinistralidade do ramo Habitacional (47%) o que mais se afasta de nossas estimativas para a sua média anual (33%)”, destacou Henrique Tomaz, autor do relatório publicado pela instituição e obtido pelo Money Times.

Efeito transitório

Apesar do “susto” com a sinistralidade, o BB Investimentos acredita que o indicador deve retomar a patamares mais baixos conforme a pandemia do coronavírus perde força.

“Acreditamos que o atual nível de sinistralidade é transitório e que deve seguir no caminho de normalização nos próximos trimestres”, defendeu Tomaz.

Ainda assim, há o risco de que o nível elevado de sinistralidade do ramo Habitacional afete o crescimento dos prêmios no longo prazo.

Por ora, o BB Investimentos segue confiante com o desempenho do papel. O preço-alvo de R$ 18,70 foi mantido pela instituição. O valor implica um potencial de valorização considerável de 76,4% em relação à cotação do pregão de sexta, quando a ação fechou negociada a R$ 10,60.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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