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Caixa Seguridade (CXSE3) protocola oferta secundária de ações que pode chegar a R$ 1,31 bilhão

10 mar 2025, 8:11 - atualizado em 10 mar 2025, 8:11
caixa seguridade CXSE3
A Caixa Seguridade protocolou pedido para oferta pública de distribuição secundária de ações (Imagem: Agência Brasil/ Marcelo Camargo)

A Caixa Seguridade (CXSE3) protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro automático de oferta pública de distribuição secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias da companhia, controlada pela Caixa Econômica Federal.

Segundo o documento, enviado ao mercado na noite de domingo (9), a definição do preço para a oferta de ações ocorrerá em 19 de março. Considerando o preço de o fechamento da última sexta-feira (7), de R$ 15,99, o valor da emissão pode chegar a R$ 1,31 bilhão.

Vale pontuar que no caso da oferta pública secundária são ofertadas ações já existentes, diferenciando da primária, onde há a emissão de novos papéis.

A seguradora já havia anunciado o Itaú BBA (coordenadora líder), BTG Pactual, Bank of America, UBS Brasil e a própria Caixa Econômica Federal como os bancos designados para a assessoria financeira no processo.

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O que está por trás do movimento da Caixa Seguridade?

À época do anúncio da medida, em outubro de 2024, a Caixa informou que visa atingir o percentual mínimo das ações em circulação exigido pelas regras do Novo Mercado e não deve alterar o controle da companhia.

O Novo Mercado é o nível mais alto de governança corporativa do mercado de capitais brasileiro, agregando as melhores empresas da bolsa segundo os critérios de governança, transparência, desempenho financeiro e maior proteção aos acionistas e investidores.

Conforme as regras desse segmento da B3, as empresas precisam ter, no mínimo, 20% das ações negociadas no mercado (free float). O descumprimento dessa regra por um período prolongado de tempo pode fazer com que a listagem da empresa seja retirada do Novo Mercado.

Atualmente, a Caixa Econômica Federal detém 82,75% das ações da Caixa Seguridade, que tem hoje 17,25% dos papéis em circulação, abaixo do que é exigido pelo segmento.

Conforme o documento do último domingo, tendo em vista que a oferta é exclusivamente de distribuição secundária, portanto sem diluição dos atuais acionistas, não haverá concessão de direito de prioridades aos atuais acionistas da Caixa Seguridade para aquisição das ações.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.