Caixa Preta da Terra registrará dados ambientais do “fim do mundo”. Resta saber quem vai decodificá-los

Em tradução livre, Earth’s Black Box é Caixa Preta da Terra. Em tradução real, esse dispositivo vai gerenciar milhões de informações de desastres ambientais sobre o que seus idealizadores classificam de dados do “fim mundo”.

O monólito de aço (10 metros de comprimento, 4 de altura e 3 de largura) super-resistente, que está em fase de instalação no deserto da Tasmânia, área insular remota da Austrália, coletará “cada passo que dermos em direção à catástrofe” do planeta ocasionada pelas mudanças climáticas.

À diferença das caixas pretas dos aviões sinistrados, que são decodificadas pelas autoridades, resta a dúvida se com o ‘fim do mundo’ haverá humanos remanescentes para decodificarem as informações do potencial cataclismo terrestre.

Pesquisadores de universidades australianas e das agências de marketing e design Clemenger BBDO e The Glue Society não respondem diretamente essa questão, mas alimentam alguma esperança que sim.

“Espera-se que o conteúdo gravado possa ser usado para ajudar outras pessoas a evitarem o mesmo destino”, disse Jim Curtis, da BBDO, à mídia local, asseverando que o projeto não tem nada de comercial.

O monólito, cuja parafernália eletrônica embarcada terá capacidade para coletar e armazenar dados, medições e interações relacionadas à saúde do planeta, pelo menos em relação à paisagem árida da sua localização lembrará aquele troço negro de Stanley Kubrick, em “2001: Uma Odisseia no Espaço”.

A Tasmânia foi escolhida por sua localização capaz de captar as variáveis do cataclismo vindas de todas as partes do mundo.

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