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Caixa mais que dobrou a concessão de crédito imobiliário em 2020

25 fev 2021, 16:46 - atualizado em 25 fev 2021, 16:46
Direcional, Imóveis
A Caixa continua sendo o maior financiador da casa própria no país, embora sua participação tenha diminuído de 69,2% (Imagem: YouTube/Direcional Engenharia)

Em um ano marcado pela retração econômica global causada pela pandemia da covid-19, a Caixa voltou a superar a marca anterior em termos de concessão de crédito imobiliário.

O banco estatal divulgou, hoje (24), o resultado da sua carteira de financiamento habitacional em 2020: foram concedidos R$ 509,8 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, superando os R$ 465,1 bi financiados em 2019.

A Caixa continua sendo o maior financiador da casa própria no país, embora sua participação tenha diminuído de 69,2%, patamar atingido em 2019, para os 68,8% com que fechou o ano passado.

As contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de R$ 26,6 bi para R$ 53,7 bi em 2020 – repetindo o crescimento superior a 100% que já tinha sido registrado entre 2018, quando foram concedidos R$ 13,5 bi, e 2019.

“O ano de 2020 foi histórico. Ultrapassamos os R$ 500 bi, o que é, de muito longe, a maior carteira imobiliária do Brasil, correspondendo a quase 70% do mercado, com 5,6 milhões de famílias [que assinaram contratos de financiamento]”, disse, esta tarde, o presidente do banco, Pedro Guimarães, acrescentando que o segmento imobiliário é o “coração da Caixa”.

De acordo com Guimarães, o resultado é fruto das medidas que o banco adotou nos últimos dois anos, incluindo reduções de taxas de juros, a criação de produtos e a implementação da jornada digital do financiamento.

Pedro Guimarães
De acordo com Guimarães, o resultado é fruto das medidas que o banco adotou nos últimos dois anos (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“O maior crescimento foi exatamente na faixa de renda média, que é a que depende da Caixa Econômica Federal. Ou seja, a parte de renda menor, exatamente a [contemplada no] programa Casa Verde Amarela que tem o financiamento do FGTS”, acrescentou Guimarães, detalhando que cerca de 96% dos R$ 62,3 bi aplicados no programa que reformulou o antigo Minha Casa, Minha Vida foram financiados diretamente pela Caixa.

Pouco mais de 52,6 mil unidades habitacionais de interesse social foram entregues a famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00, beneficiando a cerca de 210,3 mil pessoas. Além disso, o banco estima que a construção de 2,3 mil novos empreendimentos – o que totaliza 286,3 mil novas unidades habitacionais – possibilitou a geração de cerca de 1,9 milhão de empregos diretos e indiretos.

Devido ao impacto financeiros da pandemia no orçamento de muitas famílias que financiaram seus imóveis com a Caixa, o banco ofereceu a possibilidade destes clientes negociarem uma pausa do pagamento das parcelas dos contratos habitacionais.

Cerca de 2,53 milhões de contratantes foram beneficiados pela medida, que ajudou a reduzir o índice de inadimplência da carteira habitacional para pessoa física, que encerrou o ano passado em 1,28%.

“Tivemos uma alta relevante da inadimplência durante os meses de abril, maio, junho de 2020, mas esta inadimplência foi muito reduzida basicamente porque nós realizamos 2,53 milhões de pausas [nos pagamentos], que variaram entre dois e seis meses. Com isso, em dezembro, 97,8% das famílias já tinham terminado as pausas. Hoje, já chegamos a 99,6%. Basicamente todas as famílias já encerraram as pausas, com uma média de inadimplência abaixo da média histórica. O que demonstra a qualidade do crédito”, acrescentou Guimarães. “Além disso, na volta das pausas, ofertamos às famílias em dificuldades financeiras a retomada dos pagamentos com valores menores.”

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