Caio Mesquita: Que raio é esse tal de copy?
Por Caio Mesquita, CEO da Acta Holding
“Definitivamente pelo copy. É fundamental que vocês absorvam as técnicas de copy para assim desenvolverem o negócio.”
Foi assim que Bill Bonner, fundador e chairman do Grupo Agora, respondeu à minha pergunta sobre por onde iniciar nossa recém-criada sociedade.
O papo rolava numa acanhada sala de reunião no então escritório da Empiricus lá no começo de 2013.
A Empiricus de então tinha pouco mais de uma dúzia de colaboradores, entre sócios, funcionários e estagiários.
Havíamos recém-acordado com nossa parceria e recebemos uma breve visita do Bill, a caminho da ida anual ao seu rancho nos Andes argentinos.
Bill continuou desfiando exemplos de como um bom copy pode transformar um negócio, usando episódios vividos pelas empresas que ele fundou.
Ao final da conversa, aproveitei que nosso recém-sócio estava sendo apresentado à equipe, puxei o Rodolfo Amstalden de canto e interroguei:
“Dorfo, estou boiando nessa história. Que raio é esse tal de ‘copy’? Esses americanos copiam o quê?”
Rodolfo, nosso primeiro enviado a Baltimore para uma sessão de treinamento, já estava familiarizado com o termo quando da visita do Bill Bonner. Explicou-me então que o tal de copy referia-se a copywriting, livremente traduzido como redação comercial. E copywriting nada mais seria do que a técnica de vendas utilizada pelas publicadoras da Agora para angariar assinantes.
Um ano depois, foi a vez de a própria Empiricus vivenciar a potência do copywriting. Com um orçamento modesto de marketing impactamos o Brasil e incomodamos a então presidente Dilma, com a campanha “O Fim do Brasil”. Resultado: em menos de 12 meses, decuplicamos a nossa base de assinantes e nos posicionamos como a maior e mais relevante publicadora financeira do país.
Com o passar dos anos, fui pesquisando mais sobre o tema. Aprendi que a origem do copywriting estava intimamente relacionada com a expansão dos Estados Unidos e sua consolidação como nação próspera.
Explico.
Durante o século 19, a corrida do ouro levou os americanos a tomarem a Califórnia e estabelecerem na Costa Oeste um polo de prosperidade.
Mas o que adianta ter dinheiro e não ter onde gastar? Os bens de luxo da época vinham da Europa e eram importados por comerciantes estabelecidos do outro lado do país, na Costa Leste. O e-commerce da época eram os catálogos de produtos que ofertavam a última moda europeia para os ricos e carentes novos ricos californianos.
E os americanos já sacaram, na época, que um catálogo para vender não poderia ser um mero catálogo. Descrever um produto não bastava para convencer alguém a por a mão no bolso e efetivar a compra. Era preciso conectar emocionalmente o produto oferecido com os anseios do comprador. Trazer elementos de storytelling para persuadir alguém a ir em frente e encomendar o que estava sendo oferecido. E assim nascia o copywriting.
Hoje, 150 anos depois, o copywriting continua a movimentar dezenas de bilhões de dólares nos EUA, e o mundo digital mostrou-se como o terreno ideal para o seu desenvolvimento.
Não existe forma mais efetiva de impactar audiência e gerar faturamento na internet. E, com um século e meio de atraso, o Brasil parece ter acordado para isso.
Não importa o que você faz ou no que você trabalha. Aprender copywriting pode transformar o seu negócio (ou futuro negócio), assim como transformou a Empiricus.
Pela primeira vez, o melhor copywriter do Brasil, o meu sócio Roberto Altenhofen, abrirá todos os seus segredos para ensinar aos brasileiros como se vende pela internet.