Caio Mesquita: Passado, presente e futuro
Por Caio Mesquita, CEO da Acta Holding
Quando fundei a Empiricus, junto com o Felipe e o Rodolfo, dez anos atrás, pensamos em trazer o mundo dos investimentos mais próximo da pessoa física. Existia um abismo entre a indústria de investimentos e os não profissionais. Percebemos nisso uma oportunidade de negócios e decidimos nos lançar nesta aventura que é empreender no Brasil.
Hoje, no Brasil, ainda 90 por cento do volume total de investimentos está nas mãos dos grandes bancos. Proporção inversa do que acontece no mercado de capitais mais desenvolvido do mundo, os Estados Unidos.
Transporte-se agora para 2009, nosso ano de nascimento. O clube era fechado e confortável. De um lado, bancos reinando absolutos no varejo, onde o conceito de plataforma aberta era inimaginável. De outro, um bando de corretoras da velha guarda, girando felizes a carteira de seus clientes, em cima de gordas comissões e corretagens.
Bancos cuidavam do seu dinheiro, com a segurança para deixá-lo despreocupado. Os arrojados direcionavam-se às corretoras em busca daquelas “dicas quentes”. Era ótimo, para eles. E o investidor individual que pagava a conta.
Aí as coisas começaram a mudar. Novos players, com modelos inovadores e disruptivos passaram a progressivamente incomodar o status quo.
Corretoras novas, como XP, Rico e Clear (ironicamente todas agora no mesmo grupo), nasceram com foco na pessoa física. E outras tradicionais, como Título (Easynvest), Geração Futuro (Genial) e Indusval (Guide) seguiram o mesmo caminho.
Soluções modernas e sintonizadas com o que o investidor individual valoriza e de que necessita.
Mas ainda havia um ponto fundamental que esses novos players não resolviam: o conflito de interesses.
O conflito entre assessorar e vender não é exclusivo da indústria de investimentos. Arquitetos que recebem reserva técnica dos fornecedores indicados aos clientes e agências de propaganda recebendo bonificação por volume dos veículos aos quais direcionam anúncios são exemplos claros de relações conflituosas.
Quando o gerente de banco apresenta simpaticamente um produto de investimentos, ele está se aproveitando da percepção de especialista para realizar uma venda e ficar mais próximo de sua meta.
As novas plataformas abriram um vasto leque de possibilidades de investimento, inimagináveis há dez anos, mas não conseguiram resolver a questão central do conflito.
Desde que ganhamos mais relevância, a Empiricus tem sido procurada por diversos participantes do mercado, especialmente aqueles dessa nova geração, para montar algum tipo de cooperação ou acordo de parceria. Sempre declinamos tais propostas pois enxergávamos como impeditivo a estrutura conflitada das operações.
Por outro lado, já há tempos vínhamos recebendo demandas de nossos assinantes que buscavam uma solução fácil e ágil para implementar nossas ideias de investimento.
No ano passado, fomos procurados pelo pessoal da Vectis, que tem em Paulo Lemann o seu sócio mais conhecido. Eles nos apresentaram o projeto de montar uma plataforma de investimentos para os assinantes da Empiricus. Testamos a convicção da Vectis colocando uma extensa lista de exigências. Só faríamos algum tipo de acordo caso os conflitos fossem mitigados, alinhando perfeitamente os objetivos da plataforma com os de seus investidores.
Foi assim que surgiu a Vitreo, cujo próprio nome é uma declaração de intenção de transparência e alinhamento. Dessa forma, satisfeitos com a solução, firmamos o contrato publicitário com a Vitreo. Hoje nossos assinantes podem desfrutar da comodidade de investir nos fundos do FoF SuperPrevidência e do FoF Melhores Fundos, ambos estruturados para seguir as sugestões da Luciana Seabra.
Eu mesmo transferi minha previdência pessoal, que estava em um private bank internacional, para a SuperPrevidência da Vitreo . Fiquei impressionado com a agilidade do processo. Tudo feito por aplicativo. Uma proposta de fintech, fácil e intuitiva.
Convido-o a conhecer a plataforma também.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Um abraço e boa leitura,
Caio