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Caio Mesquita: Para além de 2022

27 nov 2021, 12:00 - atualizado em 27 nov 2021, 0:01
Caio Mesquita, Empiricus
“Lula e Bolsonaro: Sobre esses dois, ninguém pode alegar medo do desconhecido, pois ambos já nos mostraram, na prática, suas qualidades e defeitos”, diz o colunista (Imagem: Divulgação/Empiricus)

A menos de um ano das eleições presidenciais, naturalmente a discussão sobre como será o país a partir de 2022 começa a tomar corpo.

Pela primeira vez em nossa história, dois dos candidatos, e favoritos para disputar o segundo turno, já vestiram a faixa presidencial, Lula e Bolsonaro.

Sobre esses dois, ninguém pode alegar medo do desconhecido, pois ambos já nos mostraram, na prática, suas qualidades e defeitos.

Ficando estritamente no campo da política econômica, esses opostos parecem convergir. Tanto Lula como Bolsonaro iniciaram seus governos comprometidos com equilíbrio fiscal. Ambos terminaram relaxando tal compromisso em algum ponto dos seus respectivos mandatos por razões distintas.

Além deles, há uma grande expectativa sobre a viabilidade de um outro candidato, a chamada terceira via. 

Enquanto o PSDB tenta se desenrolar do vexame da sua convenção da semana passada, o ex-juiz Sergio Moro parece ganhar certo momento em sua eventual candidatura, angariando apoios relevantes e aparecendo com destaque numa pesquisa eleitoral recente.

Veja só. Em teoria pelo menos, parece que não temos muito a temer sobre a política econômica do próximo governo.

Para ter chances no pleito, Lula tem todos os incentivos de sinalizar moderação, repetindo o movimento que fez com a histórica “Carta aos Brasileiros”, devidamente implementada com a montagem de uma das melhores equipes econômicas que esse país já teve.

No caso de uma reeleição de Bolsonaro, a boa notícia está justamente na reeleição. Livre de ter que garantir mais um termo, Bolsonaro poderia resgatar as propostas modernizantes do início do seu governo e que terminaram por ser abandonadas pelo combate à pandemia e por pressões políticas

Quanto aos outros, tanto Doria como Leite, pré-candidatos do PSDB, assim como Moro, já externaram que seus eventuais governos estariam comprometidos com a estabilidade econômica e, portanto, buscariam o equilíbrio fiscal como norte de suas respectivas gestões.

Infelizmente, o que parece ser consenso entre nós, de que o equilíbrio fiscal é um valor a ser perseguido em benefício da sociedade como um todo, de alguma forma parece estar fadado a se perder, independentemente das aparentes boas intenções dos governantes.

As razões para o descaminho são invariavelmente nobres, especialmente em um país pobre e desigual como o nosso.

Necessidades de uma sociedade carente devem ser atendidas. Temos o dever como país de prover educação fundamental, saúde básica e segurança para todos os brasileiros. Devemos sempre buscar o melhor bem-estar para todos, mas sempre no limite de nossa capacidade.

Em nossa vida pessoal, de alguma forma também nos comprometemos em ajudar os outros. Apoiamos parentes mais necessitados, ajudamos amigos em dificuldades temporárias, isso sem contar em ações filantrópicas e assistencialistas.

Nossas ações assistenciais não deveriam comprometer nossa vida financeira. Seria de uma irresponsabilidade condenável que puséssemos a integridade patrimonial de nossa família em risco para ajudar os outros.

Até o mais fervoroso adepto de ações sociais amplas e irrestritas deve ter noções sobre a condução da vida financeira pessoal de forma equilibrada e sustentável.

Estranho como conceitos básicos e amplamente aceitos de nossa vida financeira privada, como prudência, equilíbrio e planejamento de longo prazo, têm tanta dificuldade de atingirem o consenso na esfera pública.

Deixo você agora com os destaques da semana.

Boa leitura e um abraço,

Caio

P.S: Estamos vivendo um momento único na Empiricus e no mundo. 

As criptomoedas estão se consolidando como uma forte opção de construir fortuna investindo pouco dinheiro. A prova disso foi uma recomendação que demos em janeiro aqui em uma das séries da casa. Quem investiu 4 mil reais na moeda desconhecida que indicamos, hoje já tem mais de 1 milhão na conta. 

Agora nossa aposta para 2022 é outra. Construímos uma lista de Crypto DeFi para buscar transformar 5 mil em 1 milhão e eu vou ter o prazer de entrevistar o Vinicius Bazan, nosso analista de cripto, que vai revelar amanhã em uma transmissão o nome da primeira moeda da nossa lista totalmente de graça. 

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