Caio Mesquita: A criação do Universo
Desde de 28 de outubro deste ano, data em que Mark Zuckerberg anunciou o rebatismo do seu Facebook para Meta, o conceito de metaverso entrou definitivamente em nossas conversas cotidianas.
Pouca vezes algo foi tão comentado e discutido por uma imensidão de pessoas que não têm a mínima ideia do que estão falando.
Até o dominical Fantástico abordou o tema na semana passada, tentando esclarecer a milhões de brasileiros ansiosos como suas vidas estariam prestes a serem revolucionadas pela nova tecnologia.
Longe da TV aberta, ou mesmo a fechada, há alguns anos, confesso que não assisti o programa. Mas o simples fato de um programa popular dedicar parte de sua programação demonstra o enorme fascínio que o assunto desperta.
Salvo você seja do ramo, é provável que seu conhecimento sobre o metaverso esteja no mesmo nível que o meu, ou seja, praticamente nulo.
Ciente, tanto da minha ignorância como do meu dever em me informar sobre algo que tem, em tese, potencial de modificar nossas vidas em diversos planos, inclusive o econômico, tenho investido certo tempo para absorver conceitos básicos sobre o que está por vir.
Pelo que pude apurar, a proposta embutida do Multiverso é obviamente nova mas não deixa de ser antiga.
A busca por experiências que simulem a realidade atrai a humanidade antes mesmo de desenvolvermos tecnologia para tanto.
Invariavelmente a nossa imaginação projeta primeiro algo que a tecnologia só viabiliza posteriormente.
Produtos de cinema e televisão dos anos noventa já sabiam que o futuro da entrega de conteúdo seria online, mas a Netflix precisou do streaming para começar a decolar na década seguinte.
O próprio computador pessoal já era discutido décadas antes da Microsoft desenvolver o software que permitiu a sua popularização.
Teleconferências e vídeo chamadas eram o principal meio de comunicação nos filmes e séries de ficção científica no anos sessenta mas precisamos da internet e depois da banda larga para conversarmos virtualmente com nossos amigos e colegas.
O metaverso que surge hoje tem acesso a tecnologia e recursos inatingíveis para a sua versão primitiva, o Second Life do início do início dos anos 2000.
A fusão das realidades, virtual, aumentada e física, proposta pelo metaverso começa a ser gradualmente permitida. Capacidade computacional, redes 5G, criptomoedas e novos equipamentos, como os óculos VR prometidos por Zuckerberg encurtam a estrada para o novo universo.
A melhor definição da construção do metaverso que li veio de Matthew Ball, investidor e entusiasta de novas propostas tecnológicas.
Ball traçou um paralelo com a Livro de Gênesis do Antigo Testamento, que descreve a criação divina dos elementos do universo, como o Céu e a Terra (infraestrutura), seguida das leis da natureza (protocolos) e, por fim, o início da vida (conteúdo), que evolui e se desenvolve.
Em resumo. Ainda estamos observando o princípio de algo potencialmente revolucionário. As oportunidades são proporcionais às dimensões das mudanças a serem desenvolvidas, com amplos e profundos impactos e aspectos, inclusive econômicos.
Se você é pai, seja de crianças ou adolescentes, sabe que os chamados early adopters já incorporam em seu dia a dia, alguns dos aspectos que o metaverso promete popularizar, demonstrando o potencial brutal de crescimento imbutido na proposta do metaverso.
Sob o aspecto restrito de investimentos, vejo uma clara semelhança entre o metaverso as e as criptomoedas , com ambos apresentando uma clara assimetria positiva entre as possibilidades de ganho e perda.
Termino convidando para assistir a série sobre o Metaverso que a Vitreo preparou.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço,
Caio