CryptoTimes

Caindo na real sobre “bancos de cripto”

13 jan 2020, 14:00 - atualizado em 13 jan 2020, 14:00
carteira bitcoin
Pelo menos 20% dos bitcoins detidos está aumentando, mas esse aumento é desigual ao fornecimento total de bitcoins (Imagem: Pixabay/DavidRockDesign)

Em uma publicação para a newsletter da Bankless, Nic Carter analisa se confiança pode ser minimizada pelas corretoras.

Esses “bancos cripto” possuem um papel importante porque, da mesma forma que pessoas não querem guardar dinheiro sob suas camas (então usam um banco de varejo), usuários de criptoativos não querem ter as responsabilidades de autocustódia.

Já que a aquisição de cripto ocorre nesses bancos, eles se tornam um encaixe natural para ter a custódia desses fundos para os usuários também.

Uma estimativa conservativa mostra que pelo menos 20% do bitcoin é detido por um custodiante e esse número está aumentando conforme a taxa de bitcoin custodiado está crescendo mais rápido que o fornecimento.

Em relação à Ethereum, os números são parecidos (fora Coinbase, que não disponibiliza seu balanço).

Essa tendência pode ser preocupante porque, diferente de instituições de depositárias regulamentadas, corretoras não são assegurados pela FDIC (Empresa Federal de Seguros de Depósito), ou seja, qualquer um que detenha fundos podem estar sujeitos a perda total como resultado de empréstimo fracionário irresponsável ou, mais frequentemente, invasões.

Embora confiança seja inerente a qualquer momento que você se abstém da responsabilidade de suas chaves privadas, ainda existem etapas a serem tomadas a fim de reduzir essa confiança.

Corretoras responsáveis pelo fornecimento de provas periódicas que, de fato, detém a quantidade de criptoativos que dizem deter é a primeira grande etapa.

Pode não ser tão bom quando o seguro da FDIC, mas, pelo menos, vai oferecer confiança aos depositantes sobre a segurança de seus fundos.

Invasões a corretoras afligem a indústria desde que o bitcoin se tornou amplamente negociável.

Conforme a entrada de bancos de cripto em atividades mais arriscadas, como empréstimo e staking, depositantes vão passar por mais riscos do que simplesmente a possibilidade de uma invasão. Prova de reservas é um passo fundamental para alertar os clientes do risco de uma possível insolvência.

Tradução feita a partir do gráfico fornecido pela Messari

Se bancos centralizados de criptoativos falharem em fornecer essa segurança, a proposição de valor das DeFi vai ser fortalecida conforme oferecerem transparência quase completa sobre a saúde do crédito do sistema de forma contínua.