Café solúvel acumula queda nos embarques e setor renova dificuldades para 2022
Parte dos problemas que afetaram o desempenho das exportações de café solúvel no acumulado de 2021 já começa a ser transferido para as expectativas de 2022, com o destaque adicional quanto às incertezas sobre a safra brasileira, que brecam a tomada de decisões dos importadores.
Na avaliação da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), a lentidão das compras dos maiores participantes globais vem da explosão de preços da matéria-prima, ainda condicionadas ao reflexo da seca e geadas que devem se estender para o próximo ciclo, depois das fortes baixas da safra passada.
De janeiro a outubro, o Brasil embarcou 3,273 milhões de sacas, montante 2,5% inferior sobre 2020. Em outubro houve uma leve alta.
Além de volume menor de grãos disponíveis, já que as torrefadoras demandaram mais o tipo robusta – o solúvel é produzido 100% com ele – para aumento do blend com o arábica, o setor sentiu os constantes problemas logísticos.
Falta de contêineres e número menor de navios foram as marcas de 2021 no shipping global.