Agricultura

Café: safra/câmbio futuros geram expectativa de trava no mercado de opções

05 jul 2019, 12:33 - atualizado em 05 jul 2019, 12:56
Produção e câmbio menores em 2020 deixam atentos exportadores de café (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As cooperativas de café estão atentas às condições da próxima safra e ao dólar para entrarem no mercado comprando um seguro de preços contra a entrega futura. Com cerca de 80% a 85% do grão a ser exportado já com hedge em volume e em câmbio, os produtores podem precisar exercer a opção de venda.

A safra brasileira 19/20, que será a da bianualidade cheia (o café sofre regularmente um ciclo de baixa e outro de alta), esperada entre 60 a 62 milhões de sacas, entra sempre no risco nesta época do ano. As geadas no principal cinturão produtivo, Sul de Minas, são bastante comuns – inclusive a partir desta sexta (5) são esperadas, apesar de intensidade ainda duvidosa -, podendo afetar o café florescendo.

Na opinião do consultor Jânio Zeferino da Silva, CEO da AgroEasy, apesar de safra menor representar preços maiores, se faltar o produto físico já travado para entrega, os compradores precisarão entrar no disponível. “E os exportadores vão precisar de reposicionar porque não conseguiram cumprir os contratos”, argumenta.

Também o café do cerrado mineiro passa a ser monitorado entre este mês e agosto pelas condições hídricas.

Pelo lado cambial, as previsões de um cenário mais otimista para 2020 no âmbito nacional, com Previdência aprovada e economia com chance de sair da estagnação, certamente imporá um dólar menor. Portanto, a trava futura média entre US$ 120,00 e US$ 140,00 a saca poderá não remunerar, de modo que exercer a opção de venda costuma ser a opção.

É bastante comum também as cooperativas ‘hedgearem’ entre 70% e 80% de sua expectativa de colheita.

Safra 18/19

Na safra atual brasileira, a previsão vinha sendo avaliada em torno das 50 a 5 milhões de sacas, mas poderá na passar das 45 milhões/s, pensa Zeferino da Silva.

O preço travado para este ano girou em torno de US$ 145,00/saca.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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