Café robusta atinge máxima de 10 anos na ICE e açúcar sobe para pico de um mês
Os contratos futuros do café robusta atingiram máximas em 10 anos e o café arábica tocou a máxima de 1 mês na ICE nesta quinta-feira, com fundamentos positivos, moeda brasileira mais forte e indicadores de inflação elevados levando ao aumento dos fundos de compra.
Café
O café robusta para janeiro fechou em alta de 77 dólares, ou 3,5%, a 2.292 dólares a tonelada.
O contrato atingiu 2.300 dólares por tonelada durante a sessão, a máxima desde 2 de setembro de 2011.
Condições climáticas desfavoráveis estão causando atrasos na colheita no principal produtor de robusta, o Vietnã.
O café arábica para março fechou em alta de 6,6 centavos de dólar, ou 3,2%, a 2,133 dólares por libra-peso, a máxima em um mês, impulsionado em partes por uma força na moeda do Brasil, maior produtor.
Um real mais forte impede os produtores e exportadores de vender o café arábica denominado em dólares, reduzindo os retornos em termos de moeda local.
Açúcar
O açúcar bruto para março subiu 2,7% para 20,12 centavos de dólar por libra-peso, a máxima em um mês.
Os planos da Índia de misturar 20% de etanol à gasolina a partir de abril de 2023 ajudarão a reduzir os subsídios de exportação de açúcar, disse o secretário de petróleo Tarun Kapoor a repórteres nesta quinta-feira.
Operadores disseram que provavelmente haverá uma mudança no sentido de usar mais cana-de-açúcar para produzir etanol na Índia, o que reduziria a produção de açúcar, embora pouco impacto seja previsto no curto prazo.
Corretores também citaram fortes compras de participantes financeiros, vinculadas a indicadores de inflação mais elevados.
O açúcar branco para dezembro, que expira na segunda-feira que vem, avançou 3% para 522,80 dólares a tonelada.