Café renova alta e ignora realização de lucros e aversão ao risco, ao contrário do açúcar
O dia estava preparado para uma boa correção sobre as últimas altas do açúcar, incentivada pela renovação do estresse dos mercados financeiros com a novela da Evergrande, tanto também para o café.
Mas os dois ativos caminham para fecharem em lados opostos nesta sexta (24).
Na véspera, a alta de mais de 3,30% indicava uma realização de lucros para o café arábica, como até Money Times acreditava, mas os fundamentos fortes altistas, como a quebra acentuada no Brasil e dificuldades logísticas, ampliaram os ganhos. E superam a volta da aversão ao risco global.
Há uma pequena esperança de chuvas no cinturão cafeeiro nos próximos dias, mas em volumes ainda abaixo da necessidade de correção do solo.
Às 13h50 (Brasília), avança 2,27%, estando em 194,90 centavos de dólar por libra-peso, para dezembro.
No caso do açúcar, na quinta a valorização foi até que acomodada, mas os fundos – como no café – estão aproveitando a valorização do dólar no mercado internacional (apesar da alta do petróleo) e a alta da divisa no Brasil, saindo de posições.
E tem oferta indiana e tailandesa chegando pelas safras da região, mesmo contra a baixa acentuada da safra brasileira.
Neste momento, o março perde 1,95%, a 19,93 c/lp, enquanto o outubro, ainda na tela, já não tem mais liquidez.