Café ‘indígena’ de Rondônia agrega qualidade ao status social e ambiental
Das mais de 2 milhões de sacas de café que Rondônia produziu nesta safra, boa parte saiu de lavouras indígenas sustentáveis em ambiente conhecido por agrofloresta.
Para uma variedade considerada de qualidade abaixo da do arábica, o robusta produzido no estado, ao ter já conferido prêmios de bebida gourmet, soma o valor sensorial ao valor social e ao valor ambiental.
O trabalho de produção de café na Amazônica, com os índios, desenvolvido pela Embrapa com agentes locais do governo estadual e a Funai, ganhou mais força em 2018, o que vem ajudando Rondônia a se consolidar como o 5º maior produtor nacional de café. E o segundo na variedade conilon (robusta), depois do Espírito Santo.
Três famílias da Terra Indígena Rio Branco, em Alta Floresta d’Oeste, foram as pioneiras. E no primeiro ano o índio Valdir Aruá conquistou o 2º lugar em Concurso de Qualidade do Café em Rondônia.
O reconhecimento da produção nos níveis qualitativo, social e ambiental tem, inclusive, oportunizado exportações com valor agregado para nichos de mercados europeus.