Café do Cerrado já tem sua cota garantida nas altas de preços da safra 22/23
Com participação de 14% no Brasil e de 22% em Minas Gerais, o café do Cerrado mineiro vai deixar sua marca na alta de preços na safra 22/23. A quebra está praticamente garantida sobre o já baixo ciclo anterior e só os números são incertos.
As indicações variam entre 4,3 milhões de sacas, com a ponta mais otimista em 5,7 milhões, contra de 6 a 6,5 milhões de 2021 e de 7 a 7,3 milhões de 2020.
Isso sem levar em conta a possibilidade de as geadas voltarem a alcançar também o Alto Parnaíba – fenômeno pouco comum para a região, mas bem presente em 2021 -, o que, ainda por cima, contribuiria para detonarem as expectativas mais positivas para a colheita 23/24.
A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer) não recebe todo a café dos 55 municípios da região, mas avalia que o estrago em cerca de 77 mil hectares, entre final de 2020 e agosto de 2021, produziu mais cicatrizes do que o esperado.
Só começadas a ser reparadas com as chuvas de primavera/verão, segundo Simão Pedro de Lima, superintendente da cooperativa, cuja área de atuação é considerada de café de alta qualidade na combinação com tecnologia, clima e solo.
“Mas ainda há um grande espaço de tempo até maio do ano que vem”, acentua Pedro de Lima.
Os traders de Nova York, do Brasil e os compradores das indústrias de torrefação já estão com tudo isso no radar.