Café arábica se consolida fora do pico de 7 anos na ICE, açúcar cai
Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE permaneceram firmes nesta quarta-feira, com o mercado consolidado após a máxima de quase sete anos acima dos 2 dólares por libra-peso, em meio a danos recentes por geadas no Brasil e preocupações aumentando sobre a demanda.
Café
O café arábica para setembro fechou em alta de 0,8 centavo de dólar, ou 0,5%, em 1,7565 dólar por libra-peso.
Os preços do café estão se consolidando após grande volatilidade que seguiu as geadas do mês passado no maior produtor, o Brasil, que atingiram uma área estimada em 11% da produção do arábica.
O Rabobank disse que espera que os futuros do arábica para setembro sejam negociados entre 1,52 dólar e 1,88 dólar, limitados pela fraca demanda, com muitas indústrias de serviços migrando para o trabalho em casa de forma temporária.
Operadores disseram que a atual falta de chuvas e temperaturas quentes nas áreas de produção do arábica no Brasil poderiam piorar o estresse nos cafezais prejudicados pela geada, mantendo a perspectiva de produção para 2022 sob pressão.
A torrefadora de café JDE Peet’s relatou lucro acima do esperado para o primeiro semestre de 2021, uma vez que o crescimento nas vendas de café para consumo doméstico compensou um recomeço desigual nas cafeterias.
As exportações de café da Costa Rica recuaram 9,8% em julho, devido aos baixos volumes de grãos disponíveis.
O café robusta para setembro recuou 2 dólares, ou 0,1%, em 1.770 dólares a tonelada.
Açúcar
O açúcar bruto para outubro fechou em queda de 0,05 centavo de dólar, ou 0,3%, em 17,93 centavos de dólar por libra-peso, ainda abaixo da máxima de cinco meses de 18,81 centavos de dólar.
Na terça-feira, analistas cortaram projeções para produção de açúcar no Brasil nesta temporada, após geadas e seca, com a trader Wilmar esperando apenas 28 milhões de toneladas e alertando para uma produção menor na próxima temporada.
O aumento nas taxas de frete fez com que consumidores mundiais de açúcar interrompessem suas compras em julho, levando a um excesso temporário no Brasil que reduziu os diferenciais do preço, disse a BP Bunge Bioenergia.
Açúcar branco para outubro recuou 2,30 dólares, ou 0,5%, em 447,30 dólares a tonelada.