Café arábica salta 4,5% com clima no Brasil; açúcar bruto também avança
Os preços futuros do café arábica na ICE fecharam em alta de 4,5% nesta sexta-feira, tocando nova máxima de quatro anos e meio com o resultado das colheitas no Brasil prejudicado pelo clima seco.
Os preços do açúcar bruto também subiram.
Café
Café arábica para julho fechou em alta de 7 centavos de dólar, ou 4,5%, em 1,6235 dólar por libra-peso, após alcançar a máxima de quatro anos e meio de 1,6315 dólar, mais cedo na sessão.
Os operadores afirmaram que o mercado está apoiado pela perspectiva de uma queda significativa na produção no Brasil neste ano, devido a um clima mais seco que o normal e ao ano de baixa no ciclo bienal de produção do país.
Condições secas também podem reduzir a colheita do próximo ano no maior produtor do mundo, segundo eles.
“As condições para a maior parte das áreas do café arábica representam um lado negativo de risco (para 2022/23)”, disse a corretora Marex Spectron em um relatório a clientes.
O governo brasileiro emitiu um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro, na região que inclui os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
A perspectiva é de baixa precipitação durante o período.
O café robusta para julho fechou em alta de 66 dólares, ou 4,4%, em 1.583 dólar a tonelada.
Açúcar
O açúcar bruto para julho fechou em alta de 24 centavos de dólar, ou 1,4%, em 17,36 centavos de dólar por libra-peso, depois de estabelecer uma máxima de duas semanas de 17,69 centavos de dólar.
Operadores afirmaram que o desconto do primeiro contrato frente ao outubro estava caindo, possivelmente refletindo interesses do mercado em receber entregas quando o contrato de julho expirar no final deste mês.
A perspectiva de um pequeno excedente global na temporada de 2021/22, entretanto, deve manter um teto sobre os preços.
O açúcar branco para agosto fechou em alta de 2,10 dólares, ou 0,5%, em 459,60 dólares a tonelada.