Café arábica cai para mínima de 2 meses na ICE, açúcar também recua

Os contratos futuros de café arábica na ICE caíram acentuadamente para uma mínima de dois meses nesta terça-feira, pressionados pela fraqueza da moeda do Brasil, maior produtor, e pela perspectiva de que uma desaceleração econômica global possa conter o consumo.

Café

O café arábica de setembro caiu 7,9 centavos de dólar, ou 3,7%, a 2,0535 dólares por libra–peso, após atingir o menor patamar em dois meses de 2,0475 dólares.

Os negociantes disseram que uma perspectiva econômica global cada vez mais sombria também levou os especuladores a reduzir uma posição comprada líquida nos últimos dias.

“Vejo isso principalmente como uma queda macro, pois vemos fortes saídas em muitos dos mercados de commodities”, disse um trader de café dos EUA.

A fraqueza do real brasileiro tem incentivado os exportadores a vender café a preço de dólar aumentando os retornos em termos de moeda local.

O café robusta de setembro caiu 12 dólares, ou 0,6%, a 1.954 dólares a tonelada.

Açucar

O açúcar bruto para outubro caiu 0,17 centavos, ou 0,9%, a 18,69 centavos de dólar por libra-peso, com os especuladores procurando cada vez mais manter posições vendidas em um cenário de perspectivas econômicas sombrias.

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Os negociantes notaram que a moagem de cana durante a segunda quinzena de junho na região centro-sul do Brasil foi um pouco menor do que o esperado.

O relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), no entanto, mostrou usinas destinando um pouco mais de cana para a produção de açúcar e também melhores rendimentos agrícolas.

“Com a melhora do mix e do ATR (açúcar recuperável), além do rendimento, o relatório compensa a queda na produção de açúcar, portanto o relatório é neutro”, disse um corretor.

O açúcar branco para agosto subiu 7,60 dólares, ou 1,3%, a 578,90 dólares por tonelada.

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