Agronegócio

Café arábica avança na ICE diante de recuperação do real; açúcar fecha estável

26 jan 2021, 19:28 - atualizado em 26 jan 2021, 19:28
Café
A desvalorização do dólar deu impulso às commodities de forma generalizada nesta terça-feira (Imagem:Valter Campanato/Agência Brasil)

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionados em parte pelo real, que se recuperou após as fortes perdas na semana passada.

A moeda brasileira mais firme reduz, nos termos locais, o valor de commodities precificadas em dólar, podendo restringir as vendas por produtores de café e açúcar o país é o maior exportador global de ambos.

A desvalorização do dólar deu impulso às commodities de forma generalizada nesta terça-feira.

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Açúcar

O contrato março do açúcar bruto fechou estável. Mais cedo, o mercado chegou a atingir uma mínima de 15,62 centavos de dólar, menor nível desde 13 de janeiro.

Operadores disseram que os ganhos foram limitados pelo registro de chuvas no Brasil, o que favorece o desenvolvimento da cana, enquanto as exportações da Índia garantem que as ofertas sigam amplas.

Uma safra ruim na Tailândia, no entanto, tem dado algum suporte ao adoçante.

Fundos parecem ter entrado em compasso de espera após ajudarem a empurrar os preços ao maior nível em três anos e meio. O Rabobank disse em nota que o aumento nas posições compradas na semana passada ficou abaixo do esperado.

O açúcar branco para março recuou 1 dólar, para 444,20 dólares a tonelada.

Café

O contrato março do café arábica fechou em alta de 1,25 centavo de dólar, ou 1,0%, a 1,245 dólar por libra-peso.

Operadores disseram que ainda há preocupações relacionadas ao tempo seco em partes do Brasil, apesar das chuvas recentes em algumas áreas.

A valorização da moeda local tende a fazer com que as vendas por produtores diminuam no Brasil, em um mercado físico com ritmo já lento, com produtores segurando os estoques remanescentes à espera de preços melhores, disseram corretores.

O café robusta para março avançou 8 dólares, ou 0,6%, a 1.317 dólares a tonelada.

Operadores disseram que o mercado tem sido pressionado recentemente pelas vendas por cafeicultores do Vietnã, maior produtor global de robusta, antes do feriado de Tet, no mês que vem.