Café arábica atinge máxima de 4 anos e meio, açúcar sobe 2%
Os contratos futuros do café arábica na ICE atingiram a máxima de quatro anos e meio nesta quinta-feira, com preocupações sobre encolhimento de ofertas e escassez do produto no Brasil, além de atrasos de exportação na Colômbia.
Café
O café arábica para julho acabou fechando em queda de 0,2%, a 1,5535 dólares por libra-peso, após atingir o maior valor desde o fim de 2016, em 1,5720 dólares.
“As coisas estão apertadas e agora também existem conversas sobre os impactos na safra do próximo ano no Brasil”, afirmou um operador nos Estados Unidos, referindo-se à baixa umidade no solo do maior produtor do mundo.
Enfrentando um déficit iminente, os produtores de café no Brasil estão tentando renegociar vendas com exportadores e operadores em preços mais altos, gerando preocupações sobre o não cumprimento de acordos feitos anteriormente.
A situação na Colômbia permanece difícil para os operadores de café, com os protestos anti-governo prejudicando o fluxo.
O café robusta para julho fechou em alta de 14 dólares, ou 0,9%, em 1.517 dólares a tonelada.
“Os fornecedores de café robusta têm segurado (as vendas), apesar da previsão de produção maior, enquanto eles aguardam por preços mais altos gerados pelo mercado do café arábica. A estratégia deles poderia funcionar”, afirmou Commerzbank em uma nota.
Açúcar
Açúcar bruto para julho fechou em alta de 0,34 centavos de dólar, ou 2,0%, em 17,12 centavos por libra-peso, após atingir a mínima de um mês, de 16,54 centavos de dólar na segunda-feira.
Operadores veem o mercado se consolidar em níveis atuais, por enquanto.
“Enquanto forte apoio no açúcar é visto em 16,50 centavos e abaixo, existe pouco motivo para os preços subirem substancialmente dos níveis atuais. Portanto, um período de consolidação pode ser visto”, afirmou um operador da Europa.
A operadora StoneX prevê o mercado global do açúcar mudando de um déficit em 2020/21 para um excedente em 2021/22, devido a uma alta produção na Ásia.
Açúcar branco para agosto fechou em alta de 7,50 dólares, ou 1,7%, em 457,50 dólares a tonelada.