Café arábica atinge máxima de 4 anos; açúcar também avança
Os contratos futuros do café arábica na ICE avançaram para o maior nível em mais de quatro anos nesta quinta-feira, impulsionados pela perspectiva de uma safra muito menor no Brasil neste ano e expectativas de que a demanda possa começar a se recuperar em breve.
Café
O café arábica para julho fechou em alta de 4,45 centavos de dólar, ou 3,0%, a 1,543 dólar por libra-peso, maior nível desde janeiro de 2017.
O mercado tem sido apoiado pelo clima seco no Brasil nos últimos meses, o que deve reduzir a safra deste ano no maior produtor global da commodity e contribuir para um cenário de oferta mais apertada nos próximos meses.
“A incerteza em torno do atual volume da safra brasileira, cuja colheita já começou e possui expectativas de ser muito fraca, está desencorajando produtores a vender quaisquer quantidades significativas”, disse o Commerzbank em nota.
“Ao mesmo tempo, o progresso feito com a vacinação contra o coronavírus em diversos países está aumentando as esperanças que a demanda irá avançar”, acrescentou o banco.
Protestos na Colômbia estão prejudicando o fluxo de café para os mercados de exportação, afirmou a federação local do setor.
O café robusta para julho fechou em alta de 9 dólares, ou 0,6%, a 1.547 dólares por tonelada.
Açúcar
O açúcar bruto para julho fechou em alta de 0,02 centavo de dólar, ou 0,1%, a 17,55 centavos de dólar por libra-peso, tendo cravado uma máxima contratual de 17,89 centavos durante a sessão.
Operadores afirmaram que o mercado tem sido apoiado por um cenário em deterioração para a produção no centro-sul do Brasil, após clima mais seco que o normal.
“Há também uma clara falta de vendas por produtores com as usinas brasileiras bem precificadas”, afirmou um operador.
O real avançou mais de 1,5% contra o dólar nesta quinta-feira, afastando as usinas das vendas.
O açúcar branco para agosto fechou em alta de 2,10 dólares, ou 0,5%, a 462,90 dólares a tonelada.