Economia

CAE vai avaliar relatório sobre spread bancário

30 nov 2018, 16:20 - atualizado em 30 nov 2018, 16:20
Monteiro foi o relator da série de debates realizada pelo grupo de trabalho da CAE que discutiu as altas taxas de juros cobradas pelos bancos: tecnologia e maior competição podem ajudar a diminuir o custo do dinheiro (Pedro França/Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vai analisar na próxima terça-feira (4) o relatório do senador Armando Monteiro (PTB-PE) sobre a redução dos spreads bancários. O texto dedica atenção aos efeitos produzidos pelas inovações tecnológicas que podem induzir o aumento da competição no mercado financeiro. Com mais competição, a ideia é que possa haver a diminuição do spread (diferença entre as taxas de captação e de empréstimo de recursos pelos bancos), considerado extremamente alto no país.

O texto é fruto dos debates de um grupo de trabalho da comissão para analisar o tema. A CAE realizou três audiências públicas com a presença de economistas, representantes das empresas e do governo. Nas reuniões, ficou claro que os spreads e o custo de financiamento do capital são desproporcionalmente elevados no Brasil em comparação com os demais países.

Porém, o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, lembrou que o custo bancário é quatro vezes maior no Brasil do que na maioria dos países de economia relevante. Segundo os convidados das audiências, a inadimplência, a concentração bancária, a dificuldade para portabilidade de crédito, as condutas anticompetitivas e a falta de um cadastro positivo de clientes também são fatores que fazem com que o spread no Brasil seja um dos maiores do mundo.

A análise do relatório está prevista para antes da reunião deliberativa da comissão.

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