CAE aprova programação monetária do primeiro trimestre
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (4) a programação monetária do Banco Central para o primeiro trimestre de 2018. Senadores e deputados agora têm dez dias para analisar a matéria. Se não for rejeitada nesse prazo, a mensagem (MSF 1/2018) é considerada automaticamente aprovada pelo Congresso Nacional.
A mensagem é dividida em três partes: perspectivas para evolução da economia no primeiro trimestre de 2018; evolução dos agregados monetários (dinheiro em circulação, depósitos em contas correntes ou em poupança e títulos públicos ou privados) no terceiro trimestre de 2017; e metas de evolução dos agregados monetários para 2018.
No que se refere ao primeiro trimestre de 2018, o Poder Executivo avaliava em janeiro passado, quando a MSF foi encaminhada ao Congresso, que havia “sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira”. De acordo com a mensagem, o crescimento do consumo, o aumento do poder de compra e a queda da inflação deveriam “abrir espaço para a retomada do investimento”. O texto alertava, no entanto, para o “alto nível de ociosidade de produção”, que se reflete na taxa de desemprego.
Em relação a 2017, a MSF 1/2018 estimou a base monetária do Brasil em R$ 254,4 bilhões. A cifra se refere ao total de cédulas e moedas em circulação no país e às reservas bancárias. Essas últimas haviam crescido 5,2% em doze meses (setembro de 2016 a setembro de 2017), situando-se em R$ 35,4 bilhões. Já a base monetária ampliada, que inclui passivos como depósitos compulsórios e títulos federais, havia sido estimada em R$ 5,1 trilhões. Um aumento de 11,3% nos doze meses anteriores.
Para estimar os agregados monetários de 2018, o Banco Central levou em conta o comportamento de indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, taxa de juros e câmbio. A previsão do Poder Executivo era de crescimento de 6,4% em março e de 5,5% em dezembro. Já a projeção para a base monetária ampliada era de 11,9% no primeiro trimestre e de 10,6% no final do ano 2018.
O senador José Agripino (DEM-RN) foi designado relator da matéria em fevereiro e apresentou o relatório final em novembro. “Com a adoção do Plano Real, o Congresso passou a participar de forma mais ativa na definição de parâmetros e metas relativas à evolução da oferta de moeda e crédito na economia”, destacou o parlamentar.