Cadeia de biocombustíveis no Brasil tem adicional de R$ 700 milhões em 2020
Adotada pelas usinas do RenovaBio, programa de biocombustíveis do governo federal, a RenovaCalc apresentou resultados expressivos, consolidando do mercado de carbono no Brasil em 2020.
O montante de negócios com o tipo de título somente no ano passado ultrapassou os 14 milhões de CBios comercializados, gerando uma receita adicional de quase R$ 700 milhões na cadeia de biocombustíveis no Brasil, segundo a Embrapa.
O RenovaBio é uma política federal que visa estimular a expansão da produção de biocombustíveis no País em formatos mais sustentáveis. Na prática, cria e ordena o acesso a uma condição singular de mercado aos biocombustíveis com menor intensidade de carbono.
A diferença dos índices de intensidade de carbono entre o biocombustível e o seu equivalente fóssil – etanol/gasolina ou biodiesel/diesel – é a rota de acesso aos CBios, passíveis de serem negociados na bolsa de valores.
A RenovaCalc surgiu de uma proposta metodológica de cálculo da intensidade de carbono de biocombustíveis para o então nascente Programa RenovaBio.
Na prática, funciona como uma calculadora para a comprovação do desempenho ambiental da produção pelas usinas de biocombustíveis, onde estas deverão detalhar aspectos agrícolas e industriais de seus processos produtivos que resultam na emissão de carbono.
Para Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, os resultados obtidos pela RenovaCalc estão em perfeita consonância com a responsabilidade social da Embrapa.
Ele lembra que é uma tecnologia que foi construída com baixo aporte de recursos financeiros diretos, mas utilizando muito conhecimento acumulado pelas equipes técnicas em anos de pesquisa.
“Quando consideramos o investimento direto, vemos que a RenovaCalc teve uma taxa interna de retorno de mais de 400% em 2020. além do retorno financeiro, é importante frisar o retorno ambiental, com quase 15 milhões de toneladas de gases de efeito estufa evitados”, explica.
O especialista reforça o o quanto vale a pena investir em ciência e tecnologia.
Com informações da Embrapa