Cacau cai fortemente, café e açúcar também recuam
Os preços futuros do cacau em Nova York fecharam em forte queda nesta quarta-feira (8), pressionados em parte pelo reequilíbrio dos fundos de índice, enquanto os preços do café arábica e do açúcar apresentaram perdas mais marginais.
Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam em queda de 757 dólares, ou 6,8%, a 10.453 dólares a tonelada.
Os negociantes observaram que os fundos de índice devem reequilibrar seus portfólios esta semana e provavelmente venderão commodities que tiveram um forte desempenho em 2024, como o cacau e o café arábica.
O bom desempenho aumentou a ponderação dessas commodities nos índices e a venda tem como objetivo restaurar o equilíbrio aos níveis anteriores.
Os negociantes também estavam observando atentamente as chegadas aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor, com expectativa de desaceleração a partir de fevereiro, após o recente clima seco.
As chegadas de cacau na Costa do Marfim desde o início da temporada, em 1º de outubro, atingiram 1,109 milhão de toneladas até 5 de janeiro, acima das 873.000 toneladas do mesmo período da temporada anterior. O cacau em Londres caiu 5,5%, a 8.515 libras por tonelada.
Café e açúcar
Os contratos futuros de café arábica na ICE caíram 4,05 centavos, ou 1,3%, para 3,1645 dólares por libra-peso, com o reequilíbrio dos fundos de índice também exercendo alguma pressão baixista sobre os preços.
No entanto, o mercado continuou sustentado por preocupações de que o clima seco no Brasil no ano passado provavelmente reduzirá o tamanho da safra deste ano.
As exportações brasileiras de café em dezembro caíram 17% em relação ao ano anterior, para 3,36 milhões de sacas, de acordo com dados do governo. A associação de exportadores Cecafe disse que ainda há atrasos nos carregamentos devido à capacidade limitada dos portos.
O café robusta caiu 1,3%, a 4.956 dólares a tonelada.
O açúcar bruto caiu 0,21 centavos de dólar, ou 1,1%, para 19,24 centavos de dólar por libra-peso.
Os comerciantes disseram que o mercado ficou preso em uma faixa com suporte em torno da mínima recente de 19,04 centavos e resistência quando os preços subiram para 20 centavos.
O açúcar branco de março caiu 0,8%, a 503,70 dólares a tonelada.