Cacau atinge nova máxima de 7 meses e meio e ruma para recorde em NY
Os contratos futuros do cacau atingiram máximas de sete meses e meio nesta segunda-feira (16), depois de registrarem o quinto ganho semanal consecutivo na semana passada, com as preocupações do mercado em relação à oferta exacerbadas por conversas sobre atrasos de pagamento no mercado físico.
Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam em alta de 521 dólares, ou 4,6%, para 11.821 dólares a tonelada métrica. O contrato está se aproximando do pico recorde de abril de 12.261 dólares.
Os negociantes disseram que o mercado continua a ignorar as notícias “baixistas”, como as chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor, que aumentaram cerca de 33% em relação à temporada passada.
A corretora StoneX disse que há “enormes crises de liquidez nos mercados físicos”, com pagamentos atrasados e pouquíssimos novos acordos de compra fechados.
Já os contratos futuros do café arábica na ICE subiram 7,9 centavos, ou 2,5%, para 3,274 dólares por libra-peso, bem abaixo do recorde de 3,4835 atingido na terça-feira.
As vendas de café do Brasil para 2024/25, o maior produtor, estão bem acima da temporada passada, indicando que os agricultores estão bem financiados, disseram os negociantes, e podem não ter pressa em vender mais. O café robusta subiu 0,4%, para 5.203 dólares a tonelada.
Espera-se que as exportações de robusta do Brasil repitam em 2025 o bom desempenho de 2024, tornando-se uma alternativa eficaz aos robustas do Vietnã.
Enquanto isso, o açúcar bruto fechou em baixa de 0,04 centavo de dólar, ou 0,2%, a 20,68 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido seu valor mais baixo em quase três meses, a 20,43 centavos de dólar. O contrato perdeu 5% na semana passada. O açúcar branco subiu 0,3% para 529,40 dólares a tonelada, tendo perdido 5,8% na semana passada.
“Vimos um ajuste (para cima) nas ideias sobre a futura safra brasileira agora, mas os baixos estoques ainda deixam o mercado vulnerável a um aumento de preços se o clima prejudicar a produção indiana, tailandesa ou particularmente a brasileira daqui para frente”, disse o McDougall Global View Sugar Report.