Agronegócio

C Vale se destaca entre as cooperativas agro do Paraná antes mais poderosas ou mais velhas

28 out 2019, 7:39 - atualizado em 28 out 2019, 7:39
Agronegocio
Cooperativismo integra a produção e comercialização, agora unindo competências entre outros CNPJs (Imagem: Bloomberg)

O cenário do cooperativismo agropecuário do Paraná segue sem comparativo no Brasil por agregar diversificação produtiva e expansão geográfica, orgânica ou não. De uns anos para cá, somou-se integração entre cooperativas (não confundir com fusões e aquisições). Dos resultados do espantoso volume físico recebido dos produtores e o que é vendido in natura ou processado, com faturamento beirando os R$ 100 bilhões, o mapa destaca a força crescente de cooperativas menos famosas.

Depois da Coamo Cooperativa Agroindustrial, de Campo Mourão, liderando com folga no Brasil em receita, mais de R$ 14 bilhões em 2018, se confirma a distância que C Vale está abrindo de algumas mais antigas e outrora mais fortes. É a segunda força do Paraná no setor, mais que dobrando o faturamento sobre a hoje Frísia (antes Batavo) de Carambeí, com faturamento de R$ 2,7 bilhões, a mais velha do estado e a segunda do Brasil.

A empresa de Palotina, no Oeste do Paraná, obteve resultado bruto de mais de R$ 8,5 bilhões no ano passado. E mais que dobra também a receita sobre sua ‘concorrente’ regional mais próxima, a até poucos anos a poderosa Coopavel, de Cascavel, que obteve ganhos brutos de pouco mais de R$ 2,8 bilhões também em 2018.

A C Vale Agroindustrial faturou exatos 11% do total que as cooperativas agropecuárias faturaram, segundo dados da Organização das Cooperativas do Paramá (Ocepar) e dos balanços das empresas.

Como também destaca a revista Globo Rural deste mês, o Paraná conta com as 15 unidades mais bilionárias do Brasil, além de um número considerável de cooperativas menores, mais regionalizadas, e que estão já no seu primeiro bilhão ou ultrapassando.

Entre as que entraram nesse grupo mais seleto, estão as Copagril, de Marechal Cândido Randon, no Sudoeste, com a R$ 1,7 bilhão, e a Coasul, de São João, perto da fronteira com Santa Catarina, co m receita de R$ 200 milhões a mais que a primeira em 2018.

Para todos os lados que se olhe no estado, haverá uma cooperativa, acentuando a força da produção do segundo maior estado produtor de soja do Brasil, berço de pioneiros que, como os do Rio Grande do Sul, espalharam raízes produtivas para o Centro-Oeste, em especial o Mato Grosso.

Apesar da diversidade produtiva no campo e agregação de valor com operações em agroindústria, inclusive em marcas próprias de varejo, algumas se destacam por um ou mais produtos, como as da região dos Campos Gerais, no Centro, como a Castrolanda (Casto) e a Frísia, em lácteos.

Também no Oeste, a Copacol de Cafelândia (R$ 3,8 bilhões) e a Frimesa de Medianeira (R$ 2,9 bilhões), no Sudoeste,  contam com foco mais proteína animal, por exemplo. Mas prepondera a participação da produção de grãos em várias outras e no estado, como na Coamo, no Centro-Norte, Cocamar de Maringá (R$ 4 bilhões), no Noroeste, além da própria C Vale e Coopavel, entre outras.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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