C&A (CEAB3) brilha na passarela com resultados e ação dispara; hora de comprar?
Após o fechamento do mercado nesta quarta (28), a C&A (CEAB3) reportou resultados positivos do 4° trimestre (4T23), segundo analistas. Superando as expectativas, a empresa viu sua receita crescer 17,7%, enquanto o lucro líquido fechou o período em R$ 168,7 milhões, queda de 20,8%.
Na bolsa, as ações da varejista reagiam, com alta de 5,01%, a R$ 9.44, por volta das 16h03.
Os analistas da Genial Investimentos, Nina Mirazon, Iago Souza e Vinicius Esteves, ressaltam que com um forte desempenho no segmento de vestuário, a companhia apresentou um crescimento de dois dígitos de faturamento e uma contínua expansão da margem bruta.
Eles ainda afirmam que o resultado operacional e o lucro do trimestre tiveram sua comparação impactada por um efeito não recorrente. Ainda assim, ponderam, a companhia entregou um lucro acima das estimativas da corretora e do consenso.
“Acreditamos que uma combinação de melhores condições macroeconômicas somadas aos ganhos de produtividade vindos da implementação de um novo modelo de gestão eficiente deve continuar impulsionando o resultado operacional da companhia ao longo de 2024”, destacam.
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Já a XP Investimentos, em relatório assinado por Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, destaca que a C&A está focada na penetração da categoria de beleza dentro de Fashiontronics, divisão de eletrônicos da empresa.
No relatório, a corretora levanta dois pontos:
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A coleção de alto verão foi muito assertiva, atestando a capacidade da companhia de escalar de forma rápida os produtos mais bem recebidos durante a coleção;
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As lojas focadas em classes A/B continuam performando bem.
Vale comprar C&A?
Na visão dos analistas Pedro Pinto e Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, a redução do risco do processo de desalavancagem é positiva.
“Por enquanto, incorporamos algumas das melhorias de margem do 4T23 em nosso modelo, levando nossa estimativa de lucro líquido para 2024 acima da marca de RS 100 milhões”, destacam.
A corretora aproveitou o momento para revisar o preço-alvo para R$ 11, antes em R$ 9, ao final do ano de 2024, enquanto manteve a recomendação neutra com base em um exigente múltiplo P/L (preço sobre lucro) de aproximadamente 23x para 2024.
Por outro lado, a Genial possui recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 10.
