C&A: Iniciativas não tiram economia ruim do caminho; curto prazo deve seguir desafiador
Os executivos da C&A (CEAB3) anunciaram, em seu primeiro Investor Day, iniciativas chave da companhia nas frentes comercial, logística, financeiro, estratégia e de operação para se tornar uma companhia Fashion Tech.
Segundo a XP Investimentos, a companhia está conduzindo uma transformação e sinalizou um curto prazo de rentabilidade mais pressionada e crescimento de vendas mesmas lojas mais modesto.
Com base nisso, a XP mantém uma recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 8,5 por ação — potencial alta de aproximadamente 30%.
A corretora espera um curto prazo mais desafiador para a C&A, devido à deterioração macro, enquanto todas as iniciativas trazidas devem ter impactos mais relevantes nos resultados a partir de 2023.
Perspectivas para 2022
Para 2022, a XP acredita em um aumento de vendas sólido, impulsionado por expansão de lojas, porém as vendas em mesmas lojas (SSS) devem ter crescimento modesto.
O novo cartão da companhia, o C&A Pay, deve começar a contribuir “discretamente” para os resultados em 2022, principalmente a partir do 2º semestre, destaca a corretora.
“Margem de mercadorias deve melhorar vs. 2020, porém seguir abaixo de 2019, uma vez que piora no cenário macro e aumento de competição devem superar os ganhos dos diversos projetos internos”, completa a XP.
Assim como a margem bruta, a margem ebitda deve seguir abaixo de 2019, pois os diversos projetos da C&A tem um impacto negativo no curto prazo e deve apenas contribuir para resultados no médio prazo.