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BV e fintech Pra Valer vão captar R$ 100 milhões para comprar carteiras de crédito estudantil

02 out 2020, 16:07 - atualizado em 02 out 2020, 16:07
Com a estratégia de crescimento inorgânico, a fintech ainda projeta a compra de mais R$ 100 milhões em carteira no próximo ano (Imagem: Unsplash/@mikael_k)

O Banco BV e a fintech de soluções financeiras Pra Valer anunciaram a criação de fundo com potencial de captação de R$ 100 milhões para comprar carteiras de créditos de universidade e faculdades privadas.

Do montante total, R$ 30 milhões estão comprometidos, dos quais R$ 12 milhões destinados à compra de uma carteira já negociada pela fintech e os outros R$ 18 milhões para a compra de outras três carteiras em análise.

“A compra de carteiras é um negócio que vem se aquecendo devido à crise econômica gerada pela pandemia. Estamos preparados para essa janela e faremos compras estratégicas até o final do ano para apoiar nossa meta de quintuplicar o tamanho da empresa e alcançar 1 milhão de alunos até 2025”, explica Haroldo Carvalho, CFO do Pra Valer.

Com a estratégia de crescimento inorgânico, a fintech ainda projeta a compra de mais R$ 100 milhões em carteira no próximo ano, montante que será emitido conforme apetite de crescimento.

No portfólio desde 2010, a compra de carteiras ganhou impulso após uma janela de oportunidade trazida pelo Fies – com a redução dos recursos do Fies, instituições optaram por criar carteiras próprias de crédito estudantil

De acordo com a fintech, sem a expertise financeira necessária, a venda de carteiras passou a ser uma forma de captar recursos e não ter a oneração da gestão e inadimplência dos financiamentos.

“Com a venda da carteira própria, que foi idealizada para aquele momento de redução do Fies, as instituições de ensino impulsionam sua sustentabilidade financeira e garantem recursos para investir em outras frentes lucrativas para o negócio”, explica Carvalho.

O novo fundo amplia parceria com banco BV, firmada desde 2016 e renovada no ano passado por mais 10 anos. Até agosto de 2020, o acordo desembolsou cerca de R$93 milhões.