Butantan recebe insumos para 5 milhões de doses da CoronaVac
O Instituto Butantan recebeu na manhã desta segunda-feira um lote de 3 mil litros do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, que serão suficientes para o envase de 5 milhões de doses da vacina a serem entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.
A carga, importada da China, chegou por volta de 6h no aeroporto internacional de Guarulhos.
Inicialmente a previsão era de chegada no dia 10 de abril, posteriormente adiada para o dia 14.
Com o atraso na chegada do IFA, causado segundo o Butantan pela demora na autorização de embarque pelas autoridades chinesas, o instituto já anunciou que concluirá apenas no início de maio a primeira parte do contrato com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de um total de 46 milhões de doses da vacina, inicialmente prevista para o dia 30 de abril.
O Butantan disse em nota que espera ainda para este mês a chegada ao Brasil de um novo lote de 3 mil litros de IFA da CoronaVac.
Recentemente, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a entrada em operação de uma nova fábrica da Sinovac na China deve acelerar a chegada de insumos ao Brasil, evitando novos atrasos.
A expectativa é que essa nova fábrica comece a operar em maio.
O contrato do instituto vinculado ao governo do Estado de São Paulo com o ministério prevê também a entrega de mais 54 milhões de doses da CoronaVac até o final de setembro, prazo que o Butantan promete antecipar para agosto.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse recentemente que, após a entrega das 100 milhões de doses da CoronaVac ao PNI, o governo estadual já tem acertada a compra de mais 30 milhões de doses da CoronaVac que serão usadas somente em moradores do Estado para garantir a conclusão da vacinação contra a Covid-19 em São Paulo até o final do ano.
Mesmo com o atraso na chegada do IFA, e o consequente impacto nas entregas previstas para o PNI, a CoronaVac responde pela esmagadora maioria das vacinas contra Covid-19 sendo atualmente aplicadas no Brasil, já que o envase da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que está sendo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao governo federal, está atrasado.