Burger King é ação para comprar agora e esperar maturar
O cenário atual não favorece as redes de fast-food, incluindo o Burger King (BKBR3). Cerca de 60% de seus restaurantes estão fechados, devido à pandemia de coronavírus. Para os que estão funcionando, 85% das vendas provêm de aplicativos de delivery e do drive thru.
Além disso, o desemprego em alta e o retorno do hábito de comer em casa não ajudam. Mas, fora tudo isso, é hora de comprar ações da empresa.
A avaliação é do BTG Pactual (BPAC11), em relatório assinado por Luiz Guanais e Gabriel Savi, que realizaram uma teleconferência com a cúpula da empresa e investidores estrangeiros, na semana passada, e saíram bem impressionados.
Oportunidades
“Apesar das fracas tendências de curto prazo, que podem trazer volatilidade à ação, ainda vemos o setor (muito fragmentado) de restaurantes do Brasil como uma oportunidade para atores bem capitalizados e bem geridos, como é o caso do Burger King”, afirmam os analistas.
Mas há motivos para levar o papel para casa. A dupla observa que as ações são negociadas, atualmente, por 7,5 vezes o valor da empresa/ebitda de 2021. O múltiplo apresenta um desconto de 39% em relação a seus rivais internacionais, apesar de a companhia sinalizar um crescimento médio anual de 29% no lucro, entre 2020 e 2025.
Assim, as boas perspectivas de longo prazo justificam, para o BTG Pactual, o reforço de sua recomendação de compra das ações. O preço-alvo, para os próximos 12 meses, é de R$ 13. A cifra representa uma alta potencial de 10% sobre a cotação usada como referência pelo banco.