Bull market global tende a continuar, avalia gestora Garín
A forte valorização recente das bolsas globais tem lastro e deve prosseguir, segundo avaliação da gestora de recursos brasileira Garín. Para a equipe da casa, no cenário atual, investidores preferem ativos de risco, como ações, apesar das “más notícias”.
Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito
“Por esse bull market (que já dura o dobro do rali de 2003-2007) não ter sido aproveitado por todos é o que o torna apático. A hora de se tornar cauteloso é quando todos se tornarem eufóricos. Por ora, let the good times roll”, diz a gestora em carta mensal de novembro.
Segundo a Garín, o fluxo líquido para ações foi de, aproximadamente, US$ 120 bilhões nos últimos três anos, ante US$ 275 bilhões nos três anos anteriores ao pico do último bull market. “O ânimo dos investidores não pode ser descrito como eufórico” – há caixa a ser investido em ações.
A equipe da gestora lista alguns fatores por trás dos recordes em Wall Street. A política monetária expansionista dos bancos centrais torna a renda variável uma das poucas opções de retorno decente. E há otimismo em relação ao crescimento global sincronizado, com inflação baixa nos países desenvolvidos. Detalhe: “o desejo dos BCs de levá-la a 2% pode fomentar bolhas”.
“Para se ter alguma ideia de quando a luz amarela acenderá no bull market acionário, vale acompanhar o mercado de dívida corporativa e prestar atenção nas curvas de juros. Eventual achatamento das curvas de juros pode emitir um sinal negativo a respeito da economia global e finalmente puxar os spreads de crédito”, escreve o time da Garín.