BTLG11 recebe nova parcela milionária por venda de ativos; Setor logístico segue aquecido

O fundo imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) anunciou o recebimento de R$ 22,2 milhões como parte do pagamento pela venda de dois ativos do seu portfólio, localizados nas cidades de Feira de Santana (BA), com área total de 11.295,25 m², e Guarulhos (SP), com 20.247,60 m²
A quantia corresponde à terceira parcela da transação envolvendo os imóveis, que somam mais de 31 mil m² e foram totalmente alienados pelo fundo.
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Segundo o comunicado, o BTLG11 já recebeu cerca de R$ 115 milhões do valor total da operação — montante que inclui o sinal e as duas parcelas anteriores.
Ainda resta uma última parte a ser paga, no mesmo valor da atual e corrigida por IPCA +2% ao ano, com recebimento previsto para o quarto trimestre de 2025 (4T25).
Para analistas da XP Investimentos, “o processo consistente de reciclagem de ativos, conduzido pelos gestores do fundo, continua gerando valor para os cotistas”.
Atualmente, o BTLG conta com 34 imóveis (três deles em processo de venda), totalizando 1,3 milhão de m², dos quais 90% estão localizados em São Paulo. A vacância financeira do portfólio é de apenas 1,4%.
O montante recebido reforça o caixa do fundo e poderá ser utilizado para distribuição de rendimentos aos cotistas ou reinvestimento em novas aquisições, conforme a estratégia da gestão.
Nesta sexta-feira (25), o BTLG11 pagará R$ 0,78 de dividendos por cota, o que representa um yield (retorno) aproximado de 0,78% no mês, considerando a cotação de R$ 100,16 às 10h45 (horário de Brasília) desta terça (22).
Mercado de galpões segue aquecido
Depois de encerrar 2024 com uma taxa de vacância de 8,28% nos galpões, — a menor da série histórica, segundo relatório do banco Itaú — o setor logístico continua em alta.
O crescimento do e-commerce tem impulsionado a construção de novos empreendimentos. No último trimestre do ano passado, por exemplo, foram entregues cerca de 568 mil m² de novo estoque. No acumulado do ano, o total chegou a 1,85 milhão de m², superando as entregas de 2023.
Apesar do cenário macroeconômico desafiador, analistas do Itaú mantêm uma visão positiva para o setor de galpões logísticos. Para eles, a demanda continua firme e os proprietários têm conseguido repassar preços por meio dos aluguéis.
“Acreditamos que os ativos de maior qualidade técnica e melhor localização devem sofrer pouco com a nova oferta de estoque, assim como ocorreu nos últimos trimestres”, afirmam.