BTG vê novos gatilhos para bolsa e mexe na carteira; veja 10 ações para lucrar em outubro
O Ibovespa realizou parte da alta do ano com tombo de 3% em setembro. Porém, no trimestre o índice conseguiu se sair bem, com alta de 6,38%, segundo dados da Elos Ayta.
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Para outubro, o BTG vê um componente que pode trazer novos ares para a bolsa: a China. O país anunciou um pacote de medidas para estimular a economia, o que já ajuda as mineradoras.
“Supondo que a situação fiscal não saia do controle no Brasil (reconhecidamente, uma grande premissa), esperamos que o ciclo de flexibilização monetária nos EUA e as melhores perspectivas para a economia chinesa acabem por impulsionar as ações brasileiras”, coloca.
Pesando nisso, o banco acrescentou a Vale (VALE3) com um peso de 10% na sua carteira recomendada de ações para outubro.
“Embora ainda tenhamos dúvidas sobre o impacto a longo prazo do agressivo pacote de estímulo monetário e fiscal do governo chinês, acreditamos que a abordagem prudente agora é reduzir nossa baixa alocação em China/Materiais básicos”, diz.
Ainda segundo o banco, as negociações da Samarco estão progredindo bem, a empresa tem um novo CEO e o
valuation é decente — 4 vezes o EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) para 2025 e Dividend yield entre 7-9%).
O mandato do novo CEO, Gustavo Pimenta, comerá hoje, inclusive. Já o acordo de Mariana caminha para sair em R$ 100 bilhões, conforme notícias recentes.
Para abrir espaço para a Vale, o BTG tirou a Prio (PRIO3) e exposição ao setor de petróleo.
Ambev entra em cena; Porto Seguro substitui o Banco do Brasil
O BTG adicionou a Ambev (ABEV3), substituindo a Rumo (RAIL3). Na visão dos analistas, a empresa está sendo negociada perto de seu valuation mais baixo de todos os tempos de P/L (preço sobre lucro) de 13x para 2025, um desconto de 25% para a ABI, e com um dividend yield de 8%.
“Os fortes volumes recentes de cerveja no Brasil indicam resultados sólidos à frente”, acrescenta.
Em serviços financeiros, o BTG substituiu Banco do Brasil (BBAS3) pela Porto Seguro (PSSA3).
“Esta última está entrando em um novo ciclo, com crescimento do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) e maior lucratividade nos ramos bancário e de serviços. A ação está sendo negociada a 7,9x P/L para 2025 (1,8xP/VP)”, coloca.
Eletrobras, Equatorial, Cyrela, Rede D’Or, Vivara e Marcopolo completam a carteira
Para outubro, o BTG manteve 25% da carteira exposta a serviços básicos, por meio da Eletrobras (ELET3) e da Equatorial (EQTL3).
Em ações relacionadas ao consumo, além da recém-chegada Ambev (ABEV3), o BTG manteve a Vivara (VIVA3).
Também manteve exposição à fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4) e às ações de fluxo de caixa de long duration Rede D’Or (RDOR3) e Cyrela (CYRE3).
Em setembro, o desempenho foi de -3,6%, abaixo do Ibovespa (-3,1%) e do IBrX-50 (-3,3%).
Veja o portfólio
Empresa | Ticker | Peso |
Vale | VALE3 | 10% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 10% |
Eletrobras | ELET3 | 15% |
Porto Seguro | PSSA3 | 10% |
Ambev | ABEV3 | 10% |
Equatorial | EQTL3 | 10% |
Rede D’Or | RDOR3 | 10% |
Marcopolo | POMO4 | 5% |
Vivara | VIVA3 | 10% |
Cyrela | CYRE3 | 10% |