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BTG vê governo pró-etanol e recomenda ação da São Martinho

24 ago 2017, 12:22 - atualizado em 05 nov 2017, 13:57

Cana-de-açúcar

O governo brasileiro anunciou ontem a criação de uma cota de importação de etanol de 600 milhões de litros ao ano e uma taxa de 20% para todo o volume que exceder ao proposto. Essa notícia, segundo o BTG Pactual, mostra que a administração federal tem uma visão pró-etanol e que poderá beneficiar as ações da São Martinho (SMTO3).

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Os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira calculam que as importações nos últimos doze meses chegaram a 1,8 bilhões de litros, sendo 1,35 bilhão só em 2017. A tarifa, aponta o banco, deve fazer com que esses novos volumes se tornem economicamente inviáveis, o que abre espaço para a oferta nacional. O consumo interno foi de 25,2 bilhões de litros nos últimos doze meses, enquanto a produção foi de 26,9 bilhões.

“Com o etanol mais uma vez vendido muito perto da paridade da bomba de gasolina, em média, no Brasil, não esperamos que os preços tenham qualquer reação importante, já que os preços da gasolina ainda são um teto. Mas com os preços do açúcar agora inexplicavelmente abaixo do nível de equivalentes de etanol, nós acreditamos que os produtores locais do Brasil acelerarão a mudança de produção para o etanol, preenchendo o vazio esperado deixado pelas importações mais baixas e, assim, reduzindo a produção de açúcar”, indicam os analistas.

Segundo o BTG Pactual, isso pode iniciar um processo de recuperação dos preços do açúcar.

“Tão importante quanto a medida, per se, é o sinal de que o governo brasileiro poderia estar adotando uma agenda mais pró-etanol. Este sinal começou pelo aumento dos impostos sobre o combustível PIS/Cofins, que rapidamente levaram a um nível de etanol versus gasolina mais competitivo (O aumento de preços de 11% na usina nos últimos 30 dias certamente atrapalhou esse ponto)”, concluem. A recomendação é de compra das ações da São Martinho

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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