BTG vê desaceleração no varejo e aposta em Magalu, B2W, Renner e CVC
Por Investing.com – Para o BTG Pactual (BPAC11), o varejo brasileiro, depois de um segundo trimestre com efeitos não recorrentes, como a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo, aparenta ter desacelerado a tendência de recuperação no terceiro trimestre.
Na visão do banco de investimentos, o que pesou negativamente para o setor foi o cenário político volátil e dados econômicos fracos, que impediram a recuperação e vão afetar os números que começam a ser divulgado na próxima semana.
A preferência fica para as ações da Magazine Luiza (MGLU3), B2W (BTOW3), Lojas Renner (LREN3) e CVC (CVCB3)
Apesar disso, os analistas acreditam que o fato não é suficiente para uma visão negativa do setor, mesmo com avaliações menos atraentes. Na visão deles, há sinais positivos em ações de alto crescimento, que devem seguir acima da média do setor.
O BTG estima uma mediana de crescimento do SSS no terceiro trimestre de 5,3% (mediana), uma queda de 520bps na base anual, com receitas, EBITDA e lucro líquido subindo 13%, 4% e 23% a/a, respectivamente.
Destaques positivos
O banco de investimentos estima que Magazine Luiza, B2W, Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), Lojas Renner e CVC terão uma combinação de faturamento, EBITDA e crescimento nos lucros positivo. Já Lojas Americanas (LAME4), assim como nos trimestres anteriores, deve ter alta nas receitras de 7,5% na base anual, como lucro puxado por uma menor Selic. Os analistas também esperam números sólidos e crescimento significativo para Burger King (BKBR3).
Para todas essas ações, a recomendação é de compra.
Destaques Negativos
Para o BTG, Marisa, Via Varejo (VVAR11), Technos (TECN3), Hering (HGTX3) e Vulcabras lutam contra uma lentidão na performance operacional. Já Raia Drogasil (RADL3) deve apresentar números fracos na maturidade das lojas e menor margem EBITDA, apesar do forte plano de expansão.
A recomendação para Marisa é de venda, para Via Varejo, Technos, e Hering é neutra e de compra para Vulcabras e RD.
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Perspectivas
Os analistas explicam que uma recuperação continuada do varejo depende agora de uma perspectiva econômica mais benigna. Eles avaliam que a volatilidade tende a permanecer, co,a resiliência sendo uma variável chave. Setores de alto crescimento, como comércio eletrônico (especialmente Magazine Luiza e B2W), e empresas premium (Lojas Renner e CVC) são as preferências do BTG.
Os ativos são considerados como “ações defensivas” em tempos mais voláteis, impulso sólido, execução consistentemente melhor e espaço para ganhos de participação de mercado devem contribuir para que superem o setor geral.