BTG troca CPFL e Itaú por Petrobras e Banco do Brasil na carteira recomenda de janeiro
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta quinta-feira (2) a atualização de sua carteira recomendada de ações para janeiro, realizando duas modificações entre os dez papéis que fazem parte da lista. Os analistas optaram pela volta dos ativos da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3), nos lugares de CPFL (CPFE3) e Itaú (ITUB4).
Em dezembro, o desempenho da carteira, do Ibovespa e do IBRX50 ficaram praticamente empatados, com avanços respectivos de 6,65%, 6,85% e 6,56%. Entre os papéis, o principal destaque positivo ficou para Gerdau (GGBR4), com avanço de 17,6%, com JBS (JBSS3) liderando a ponta oposta ao perder 9,4%.
A equipe do banco vê as ações brasileiras continuando sua corrida em 2020, depois de um desempenho forte por quatro anos consecutivos, com o Ibovespa subindo 159% em reais em 2016-19 ( e 149% em dólares).
Para eles, apesar desse forte desempenho, a próxima etapa do rali está apenas começando e será apoiada por uma recuperação econômica mais rápida, com o BTG estimando o PIB do Brasil crescendo 2,5% em 2020.
As recomendações seguem expostas principalmente a ações líquidas e de alta qualidade de empresas que se beneficiam diretamente da recuperação econômica esperada do Brasil e da redução das taxas de juros reais de longo prazo.
Os papéis relacionados ao consumo e à infraestrutura/imóveis devem continuar com bom desempenho em 2020, à medida que o crédito aumenta, o desemprego recua e as taxas de juros permanecem baixas.
Assim, o portfólio ganha exposição a ações relacionadas ao consumidor via Renner (LREN3) e Localiza (RENT3) e, no lado da infraestrutura/imóveis, estáo presentes Rumo (RAIL3), Gerdau e BR Properties (BRPR3). A opção é por baixa exposição a exportadores de commodities via JBS.
Mudanças
A volta da Petrobras na carteira este mês está relacionada a expectativa de foco da estatal em E&P, vendendo ativos não essenciais e reduzindo a alavancagem – planeja vender aproximadamente 50% da capacidade de refino do Brasil, com potencial para obter de US$ 14 a US$ 20 bilhões.
Já a volta do Banco do Brasil (BBAS3) está embasada na expectativa de que o setor deve se beneficiar diretamente de uma economia em rápido crescimento, com o BB negociando com uma avaliação atrativa e esperando que sua diferença de ROE para os pares privados diminua este ano.
A fabricante de software Totvs (TOTS3) e a operadora de telecomunicações Oi (OIBR3) completam o portfólio deste mês.
Composição: 15% Petrobras e Banco do Brasil; 10% Rumo, JBS, Lojas Renner, Localiza, Gerdau e Totvs; 5% BR Properties e Oi.