BTG reitera recomendação de venda para Ultrapar com preço-alvo a R$ 44,00
Por Investing.com – O Banco BTG Pactual (BPAC11), em estudo enviado a clientes nesta sexta-feira, reiterou a recomendação de Venda para os ativos da Ultrapar (UGPA3), com preço-alvo a R$ 44,00. O documento foi elaborado após um encontro de analistas com executivos da companhia, realizado na quinta-feira.
Nesta tarde, as ações operam e queda de 0,87% a R$ 48,00.
A equipe do banco informou que ajustou suas estimativas para refletir resultados recentes, fazendo com que fiquem abaixo do consenso do mercado. Para os analistas, é possível ver uma recuperação, mas acreditam que o risco de execução e de um crescimento mais lento não condizem a cotação da ação.
O BTG destaca que os executivos da Ultrapar mostraram bastante otimismo para o próximo ano, atribuindo o fraco desempenho de 2018 à crise econômica brasileira e também à volatilidade dos preços dos combustíveis. Para a equipe, a questão chave a ser respondida é se apenas a recuperação da economia será suficiente para fazer a companhia voltar aos bons tempos.
Os analistas destacam que enquanto esperam por margens operacionais melhores, a UGP está focada na questão da gestão do capital de giro, mantendo uma cobertura forte do capex, de aproximadamente R$ 2 bilhões em 2018, abaixo dos R$ 2,7 bilhões registrados, com isso mantendo a geração de FCF ainda mais alta do que em 2017.
Espera-se que o pagamento de dividendos seja mantido em 60%, o que deve garantir um rendimento de cerca de 2,5%, ao mesmo tempo em que ainda permite que a empresa desacelere a partir de 2,5x atuais.
Em relação à Ipiranga, a companhia reiterou a posição como uma empresa inovadora, com o brand equity impulsionando uma preferência mais forte de consumidores e revendedores. Os executivos também reiteram a expectativa de que o novo modelo de ativos mais leves (substituindo o capex para a bonificação de revendedores), combinado com a recuperação econômica e preços dos combustíveis menos voláteis devem permitir a recuperação das margens. Para o banco, a decisão de desacelerar a conversão da loja deve continuar em 2019, ou pelo menos até as margens justificarem o crescimento mais agressivo do negócio.