BTG reitera compra e ainda vê ações da Suzano subavaliadas pelo mercado
Por Investing.com – Para o BTG Pactual (BPAC11), as ações da Suzano Papel e Celulose (SUZB3) seguem sendo as preferidas dentro do setor, destacando que os papéis ainda estão subavaliados e com os investidores não calculando os benefícios do negocio com a Fibria (FIBR3), como sinergia e consolidação. A equipe do banco reiterou a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 65,00.
Para os analistas, embora existam alguns riscos negativos para investimento, a Suzano é negociada com 4,2x EBITDA 19 e 18% de FCF. Em uma base mensal, a empresa ainda estaria gerando um rendimento FCF acima de 10%, o que é um bom augúrio para a chamada de desalavancagem.
O BTG avalia que o cenário para investir no setor tem sido muito desafiador nos últimos meses. Eles entendem que são diversos os fatores contrários como correção acentuada nos preços da madeira nobre (-20%), aproximando-se da curva de custo; eleição de Bolsonaro (pró-mercado) + valorização modesta do real; rebalanceamento de carteira, dada a menor necessidade de carteiras de hedge contra riscos de cauda.
Outro fator complicador é que a Suzano e a Fibria estavam intensamente engajadas na burocracia da fusão, com limitações compreensíveis em sua comunicação com os investidores.
Para celulose, os analistas esperam que os mercados permaneçam em tilt por um tempo até que o ajuste de estoques na China ocorra, mas não enxergam razões fundamentais para uma mudança na tese de alta de longo prazo. Para a Suzano: embora as sinergias de negociação possam levar mais tempo para serem anunciadas ao mercado, elas são substanciais e não precificadas (potencialmente, acima de 20% de seu valor de mercado); desalavancagem do caso ainda intacto embora possa ser mais lento (não há necessidade de aumento de capital) e; os investidores ainda subavaliaram a disciplina de oferta e as externalidades positivas da consolidação.