Economia

BTG vê ciclo de alta de 1,5 p.p. na Selic e diz que não elevar juros pode erodir credibilidade do BC

21 ago 2024, 14:45 - atualizado em 21 ago 2024, 16:24
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BTG vê novo ciclo de alta de 1,5 p.p. na Selic (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Assim como a ASA Asset e a XP Investimentos, o BTG Pactual elevou suas projeções para a Selic. À luz das comunicações recentes do Banco Central, o banco acha “altamente provável” que um ciclo de aumento de juros se materialize a partir da reunião de setembro.

Segundo os analistas, a combinação de atividade econômica robusta, desinflação lenta ou revertendo, expectativas de inflação desancoradas e necessidade de reafirmar o compromisso com a meta inflacionária em meio a um ambiente internacional incerto são as principais preocupações.

Bruno Balassiano, Bruno Martins e Claudio Ferraz acreditam que o plano de voo do ciclo — que se mostra “cada vez mais necessário” — deve contar com um aperto total de 1,5 ponto percentual (p.p.).

“Preferimos marcar o início do ciclo em um ritmo mais modesto (0,25 p.p.), ponderando a importância de um movimento de consenso, seguido por duas altas de 0.50 p.p. em novembro e dezembro e uma movimentação final de alta de 0,25 p.p. no início do ano que vem”, dizem.

Não elevar a Selic pode acabar com credibilidade do BC

Os analistas afirmam que, desde que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) colocaram a possibilidade de alta na mesa, reforçaram que não estão fornecendo guidance para a próxima reunião. Entretanto, eles acreditam que “a comunicação já foi longe o suficiente para permitir o início do ciclo”.

“Caso um ciclo não se materialize, há uma forte probabilidade de uma reversão na redução dos prêmios de risco e uma erosão da credibilidade, potencialmente tornando o desafio ainda maior à frente, exceto o que vemos como cenários de risco de cauda neste momento”, afirmam.

Balassiano, Martins e Ferraz dizem ainda que a mudança nos juros agora favoreceria a flexibilização da política monetária em 2025, especialmente se o fiscal der suporte. “Lidar com um cenário de inflação mais deteriorado (com expectativas mais desancoradas) seria mais complicado mais tarde”, dizem.

“Continuamos vigilantes para as próximas divulgações de dados econômicos e, especialmente, a comunicação do BC nas próximas semanas para reafirmar ou reavaliar nossa visão antes da próxima reunião”.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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