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BTG planeja volta total ao escritório para fim de 2021

30 jun 2021, 16:54 - atualizado em 30 jun 2021, 16:54
BTG Pactual
Como o Goldman Sachs, o BTG pretende pedir que quase todos os seus funcionários retornem às suas mesas (Imagem: Reprodução/ BTG Youtube)

O Banco BTG Pactual (BPAC11) planeja uma volta em massa de seus funcionários ao escritório assim que o Brasil conseguir avançar na vacinação contra Covid-19.

Como o Goldman Sachs, o BTG pretende pedir que quase todos os seus funcionários retornem às suas mesas, de acordo com o presidente do banco, Roberto Sallouti. Ao contrário do Goldman, que já convocou seus funcionários nos EUA, o BTG, com sede em São Paulo, deve esperar um pouco mais: o Brasil imunizou totalmente apenas 12% de sua população contra a Covid-19, em comparação com cerca de 46% nos EUA.

“Esperamos que no quarto trimestre possamos ter todos de volta ao escritório”, quando o ritmo de vacinação houver aumentado no Brasil, disse Sallouti em uma entrevista. “Acho que nem precisaremos perguntar. Todo mundo quer voltar; somos nós que proibimos as pessoas de voltar.”

Atualmente, o BTG tem apenas 15% de seus cerca de 3.800 funcionários trabalhando no escritório, disse Sallouti. A equipe do banco cresceu quase 50% desde 2019, com o BTG fazendo uma onda de contratações para apoiar sua expansão digital de banco de varejo — o BTG agora oferece desde cartão de crédito e conta corrente a empréstimos para pequenas empresas.

Se o BTG está espelhando o Goldman Sachs, o rival Itaú Unibanco Holding (ITUB3; ITUB4) está seguindo um caminho semelhante ao do Citigroup. Como o Citi, o Itaú está procurando adotar um modelo híbrido entre escritório e trabalho remoto para a maioria de sua equipe administrativa, informou a Bloomberg News em março.

Os planos dos bancos brasileiros dependem do país manter a disseminação do Covid-19 sob controle e, ao mesmo tempo, acelerar as vacinações. O Brasil abriga o segundo surto de vírus mais letal do mundo, com mais de 510.000 mortos. A taxa de infecção diária recentemente ultrapassou um recorde de 115.228 novos casos.

“Vemos o trabalho remoto como uma ferramenta que podemos usar para aumentar a diversidade, flexibilidade e atrair talentos fora de São Paulo e do Rio de Janeiro”, disse Sallouti. “Mas não é um fim em si mesmo.”